sexta-feira, 21 de novembro de 2014

HÁ MOMENTOS

Há momentos que eu brinco
De ser criança!
Rolo pela grama
Verde dos velhos campos
De antigamente.
O clarão da lua
Ilumina meus desenhos
 Na enrugada areia
Das brancas dunas,
Que me rodeiam.
E o tempo vai passando,
Enrosco-me
Em sua espiral abstrata,
Mesmo sabendo
Que não posso contê-lo;
Eu embarco
Em sua carruagem
Invisível,
Repleta de sonhos
E, me transporto,
No expresso
Das minhas lembranças,
Que transfigura meu corpo,
E faz despertar
O meu espírito menino;
Que cavalga pelos prados
Da minha infância
Adulta.

      




sábado, 1 de novembro de 2014

E, LÁ VOU EU


As horas vão passando
Lentamente;
Os ponteiros da minha
Existência se cruzam.
Entre chegadas
E partidas
O mundo gira.
Sigo seus controversos
Trajetos.
Sou arrastado
Pelas suas correntezas.
Passo pelos folhetins
Da vida,
Deixo uma página
Escrita,
Que será publicada
Não sei quando!
Talvez! No mural
Do o amanhã
De um novo tempo.
E, lá vou eu,
Juntando meus retalhos,
Que uma força maior
Transformou em pétalas;
Espalhadas pelos caminhos
Que trilhei
Tangidas pela brisa mansa
De uma saudade,
Que afagará
O rosto amigo,
Que compartilhou comigo
A maravilhosa viagem
Do viver.