Paulo Gustavo Amaral Monteiro
de Barros, nasceu no dia 30 de outubro de 1978, em Niterói, município do Estado
do Rio de Janeiro, nascido e criado em uma família de classe média, logo na
infância já apresentava um comportamento diferente, e mostrava toda à sua
criatividade, queria entregar as quentinhas que a mãe, Déia Lúcia, vendia para
garantir o futuro dele e de sua irmã, de patins, atitude essa que ela não
concordou, pois temia que as quentinhas não chegassem inteiras nas residências dos seus clientes.
Foi um grande expoente da comédia nacional,
portador de um talento fabuloso, logo ganharia visibilidade no meio artístico,
em 2004, quando integrou o elenco da peça Surto, onde apresentou a protagonista
que marcaria e transformaria a sua carreira para sempre como ator humorista,
Dona Hermínia, começava ali uma das trajetórias mais brilhantes no cenário da nova geração de comediantes do nosso país.
Dono de um estilo próprio, versátil e primoroso na criação dos seus personagens
ele tinha a sensibilidade de em suas comédias produzir dentro dos contextos dos
seus enredos, temas que eram conflitantes com realidade das famílias
brasileiras, mais tratados e expostos com tanta arte e profissionalismo que não
causou nenhum impacto negativo ao público, ao contrário, criou uma grande
empatia e uma relação de carinho e
respeito por ele.
Sua mãe sempre foi à sua fonte inspiradora, foi ela quem deu vida a Dona
Hermínia, seu pedestal dourado para que pudesse galgar o sucesso, como ator: no
teatro, televisão e cinema, além de ser humorista, diretor, escritor, produtor,
roteirista e apresentador. Um artista completo reconhecido pelo seu grande
talento.
Com à sua simplicidade sob cativar o afeto
do nosso povo por onde passava era sucesso absoluto. Foi um artesão do riso; da
alegria; da fantasia que norteava seus espetáculos. Um jeito simples de expor aos
seus fieis espectadores a verdadeira
realidade de uma sociedade carente de valores éticos.
Deixa um legado fantásticos de obras
que com certeza sempre serão lembradas em nossa cultura dentre os quais destaco
no meio de tantas outras: Minha Mãe é uma peça, 220 volts, vai que cola, seu
próprio programa de humor.
Talentoso e dono de uma simpatia
fora do comum que sabia como ninguém conquistar os seus admiradores de maneira
cordial e elegante e sobretudo um ser humano maravilhoso, tinha um espírito grandioso,
sempre preocupado com as causas sociais do seu país, inclusive, financeiramente
realizava doações para programas de caridade que eram destinadas as comunidades
mais carentes.
Ele foi um artífice da emoção, o Brasil,
gargalhou com ele, nos levou a conhecer um mundo diferente, onde reinava a
liberdade critica dos modelos convencionais, que norteiam os nossos padrões sociais. Navegamos pelo oceano cênico da livre expressão onde a realidade
dava lugar ao lúdico prazer de viver um novo tempo.
Hoje
estamos todos de luto, uma luz se apagou em nossos palcos e se transformou em
uma constelação, a brilhar no firmamento, pois com ele também se foram os seus
personagens que tanto nos alegraram enquanto estiveram conosco. O mestre do
sorriso partiu, ficaram as lágrimas e uma eterna saudade, seu talento e carisma
estarão eternamente marcados na história do entretenimento e no coração de todos
os brasileiros.