Procuro nas flores
que me rodeiam
Àquela lembrança
que guardei
Daquele momento
lindo, maravilhoso,
Que vivi e que
jamais esquecerei.
Tiro do meu arquivo
os folhetins
Onde publiquei meus
romances
Que se foram com a
poeira do tempo
E adormeceram com meus
segredos.
São tantas coisas
que marcaram
À minha vida,
tantas coisas!
Que me fizeram
misturar lágrimas
Com sorrisos nas
chegadas e partidas.
Ardentes paixões
que vivi intensamente
No cair das tardes
de verão;
Na despedida de uma
praia deserta.
Da ingenuidade dos
amores
Que nasceram no
encontro
Dos olhares que
passeavam
Pelas embriagadas
madrugadas.
E no ébrio delírio que
me guia
Pelas vielas das
minhas fantasias;
Tento em vão
reviver a magia
Daqueles rostos que
me seduziram.
E, só então percebo
que estou sozinho
Perambulando pelas ruas nuas;
Que outrora foram às
passarelas
Dos amantes
rebeldes.