quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

QUEM


Quem não viveu na vida
Um grande amor
Quem não teve que partir
Querendo ficar
Quem não sentiu no peito
A dor da despedida
Quem não procurou encontrar
Em outros braços
Apagar o que não poderia
Ser esquecido.
Quem não tentou conter
O impávido pranto
Quando se deparou
Com último momento
Do inevitável adeus
Quem não pensou
Em sumir do mundo
Quando se sentiu sozinho
Sem rumo, sem destino
Quem não sentiu na vida
Uma saudade
Um desejo louco
De poder parar o tempo
E recomeçar novamente

PARTINDO


Conheci-te por acaso
E logo o amor floresceu
No meu coração
Nos teus braços encontrei
A paz que procurava
Na doçura dos teus lábios
O bálsamo para o meu cansaço
No teu corpo o prazer
Que despertou o meu desejo
O tempo que a tudo transforma
Está aos pouco nos afastando
Vejo-te tão perto, te sinto tão longe
Teu jeito meigo se tornou indiferente
Estamos cada vez mais distantes
Nossos corpos já não mais se encontram
Procuro-te nos meus pensamentos
E tua silhueta surge
E aos poucos vai sumindo
Por entre a névoa que envolve
Nossos sonhos
Nosso amor adormeceu
Em algum lugar do passado
 E nos deixou perdidos
No abstrato mundo em que vivemos