Luzes e velas iluminavam
A choupana do meu coração,
Que aqueciam à minha alma
Com o fogo ardente da paixão.
Que davam vida aos meus sonhos
E transformavam minhas miragens
Em cenários reais,
Como o desabrochar de uma flor
Nos jardins da primavera.
Suave brisa que vinha de longe;
Dos ocultos vales dos amores
Que purificava o meu rosto,
Com à sua
essência divina.
Tênue chama que brotava
Dos lampiões de gás,
Que clareava o sarau
Das minhas madrugadas boêmias.
Luar prateado que alumiava
Meus sinuosos caminhos,
Quando ébrio me encontrava
Flutuando levado pelas fantasias
Do tosco limite da razão.
Luzes que vinham do alto
Do firmamento salpicado
De estrelas que um dia
Brilharam em minha vida.
