quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FONTE DOS AMORES


Fonte dos amores
Nas tuas águas
Amantes anônimos
Amaram-se sem preconceitos
E pecados foram lavados
Fonte dos amores
Tão bela e atraente
Que a todos encanta
Pureza nascente
De suave perfume
Fonte dos amores
De encontros e desencontros
Dos queixumes sem censura
Que ficaram guardados
Pra sempre no teu silêncio
Fonte dos amores
Das paixões ardentes
Embaladas pelo vento
Dos desejos proibidos
Fonte dos amores
Torrentes sedutoras
Cascatas cristalinas
Que a tantos banhastes
Mas não és de ninguém

ENCENAÇÃO


Eu não sabia
Que a vida era assim
Um enorme picadeiro
Onde todos representam
Bem ou mal
O seu papel
Eu não sabia
Que no roteiro da vida
Somos coadjuvantes
De um conto
Que não escrevemos
Mas fomos escolhidos
Para interpretá-lo
Na dramaturgia da vida
Somos personagens
De vários atos
Dramas e ações se misturam
Na comedia que vivemos
A vida é um teatro sem platéia
A cada dia encenamos
Uma nova peça
Luzes que se acendem
E se apagam
Quando a cortina do tempo
Fecha-se para sempre