sábado, 29 de agosto de 2020

REFÉM

 

 

Não quero jamais ser refém

Do amor de alguém;

Talvez te ame pra sempre

Não sei até quando ele vai ficar latente.

 

Sei que devo te esquecer

Deixar meu coração adormecer

Com meus pensamentos;

Dá vida aos meus sentimentos.

 

Poder ao mundo gritar

Que nunca deixei de te amar;

Mas, tudo na vida tem um preço

Tua indiferença não mereço.

 

Um dia contigo sonhei

E no calor do teu corpo me encontrei;

Beijei teus lábios lindos

E tua imagem aos poucos foi sumindo.

 

Acordei quando à manha já nascia

E uma flor branca no meu jardim florescia,

E só então senti a tua ausência

Em toda à sua essência.

 

Na tênue luz do amanhecer

Vi o sol no meu rosto resplandecer,

Beleza incandescente

Que despertou meus desejos reticentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

MEU TEMPO

 

Está passando meu tempo

Como às folhas secas

Que se vão levadas pelo vento

Das nossas venturas épicas.

 

O cronômetro da minha existência

Inicia sua vertiginosa contagem;

Sinto no corpo o aroma da sua essência

No frescor da sua plumagem.

 

Eu vivi para ver esses momentos

Presentes na maturidade da vida

Lapidando meus frágeis sentimentos

Pela minha estrada florida.

 

Poder sentir outra vez o aroma das flores

Que ornamentaram meu berço quando aqui cheguei,

Sinto saudades das canções que embalaram

Meus antigos amores,

 

Dos encantos da boêmia;

Dos raios prateados das desnudas luas;

Da madrugada amiga que do frio me aquecia

Nas ruas de alma nuas.

 

Sinto que o meu tempo está se indo!

Sei que não poderei contê-lo;

Seu ciclo na minha vida foi lindo

E. que jamais poderei esquecê-lo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

COISAS DA VIDA

 

Coisas da vida a gente vive!

São tantos sonhos lindos que se revive

Quando às lembranças despertam

No coração dos que amam.

 

Tamanhos segredos perdidos pelos caminhos;

Histórias escritas nos secretos pergaminhos

Nos diários das proibidas paixões,

Que adormeceram nos desconhecidos corações.

 

Coisas do destino que acontecem!

Airosas como às flores que florescem

Nos canteiros dos desejos infinitos,

Berço onde repousam nossos mitos.

 

Mágico dos disfarces e das maquiagens;

Promoter das nossas imprevisíveis viagens

Que nos conduz pelas suas incertas estradas,

Que às vezes são escuras e em outras douradas.

 

Coisas do viver tão simples tão complexo!

De mudanças radicais que nos deixa perplexo;

Às vezes seu curso nos surpreende

E outras, o seu rumo natural transcende.

 

Coisas da vida que não se esquecem!

Belos momentos que para sempre permanecem;

O amor que fluiu do nosso ser e foi correspondido

E que jamais no tempo será esquecido. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 23 de agosto de 2020

A FORÇA DO AMOR (CONTO)

 

        Às vezes o destino estende suas teias invisíveis transformando nossos planos, e quase sempre histórias que poderiam ter um final dramático e de uma hora para outra tudo se transmuta no mais belo livro que um escritor anônimo já escreveu.

        Vancouver, Canadá, Região do Lower Mainland a segunda cidade mais linda do mundo, conhecida pelo seu encanto natural, localizada próxima do oceano e das montanhas.

        Foi nesse paraíso mundialmente conhecido pela à sua qualidade de vida que, Liam Brady, veio morar, filho de imigrantes britânicos, chegou no Canadá aos 10 (dez) anos de idade, quando os seus pais resolveram tentar a vida em outro país. No início tudo foi bastante árduo, chegou a dormir nos bancos da estação do metrô, agasalhado apenas com um velho cobertor que alguém lhe dou, mas, não desistiu foi atrás dos seus sonhos. Depois algum tempo começou trabalhar para ajudar a família, vendendo newspaper (jornal) nas frias ruas de Vancouver. Nas horas vagas ficava no Stanley Park, o melhor da Europa, lendo os exemplares que não foram vendidos antes de devolvê-los a newspaper distributor (distribuidora de jornais), aos 15 anos, o seu desempenho foi reconhecido como sendo um dos melhores newsboy (jornaleiro) da área e recebeu um convite para ir para uma newsstand (banca de jornais), onde passou a ter acesso às publicações mais importantes da época: livros; jornais; revistas; tabloides e tantos outros do gênero, o que lhe permitiu cada vez mais ampliar os seus conhecimentos, sempre que era possível se dedicava a leitura dia e noite se tornando modelo na arte de vendas do setor, tal performance  lhe rendeu um prêmio especial, convidado que foi para desempenhar às suas funções em uma das maiores Newspaper (editora), da localidade, começava ali a trajetória de um dos mais talentosos escritores de seu tempo.

         Aos 25 anos, já era destaque na imprensa local e teve a grande oportunidade de sua vida, escrever uma coluna como crítico literário em um dos mais importantes meios de comunicação escrito de Vancouver, o The Globe and Mail, jornal de grande circulação, contemplando todas as camadas sociais. Que permitiu ao jovem, Liam, uma posição de destaque nos meios jornalísticos local.

       No entanto, no  ápice do sucesso sofreu um revés que poderia ter sido fatal para ele, a âncora que norteava seus caminhos, seus pais, sofrem um grave acidente automobilístico e vem a falecerem e tudo é modificado na caminhada do jovem talento, naquele momento para ele viver já não era tão significativo largou tudo que tinha conquistado e enveredou pelos caminhos do álcool, e posteriormente das drogas, abandonou o emprego e chegou ao fundo do poço.

       Nada mais tinha sentido para ele, certa noite foi encontrado inconsciente no local onde tudo começou, o Stanley Park, mas uma vez estava drogado, tinha tomado uma overdose. Estava praticamente vivendo seus últimos momentos, mas Deus tinha outros planos para Liam à sua hora ainda não havia chegado. Foi conduzido imediatamente para o Vancouver General Hospital, acometido com uma parada cardíaca de natureza grave quase que irreversível, após várias tentativas conseguiram reanimá-lo, seus olhos azuis cintilaram no ambiente e se encontraram com os Drª. Hannah Sánchez que chefiava à equipe médica.    

      Foram quase seis meses de intenso tratamento, para alguns parecia que era impossível salvar a vida de Liam, tal a gravidade do seu estado de saúde, mas enfim a Drª. Hannah e à sua competente equipe conseguiram ressuscitá-lo. Agora restava a parte mais complexa da recuperação total de Brady, que seria à sua mente, fazê-lo acreditar que poderia recomeçar tudo outra vez, mais já não era somente os procedimentos médicos, agora dependeria exclusivamente dele e de mais ninguém.

      Estava quase adormecendo, quando recebeu a visita da Drª. Sánchez – e aí meu herói, como está se sentindo, Liam, abriu os olhos e se deparou com a visão mais linda que tinha visto na sua vida até então, a beleza de Hannah, fascinava qualquer um, seus olhos verdes era um contraste perfeito com os seus cabelos pretos e sua pele cor de jambo, ele logo respondeu – estou bem Drª.,  estava aqui pensando como irei reconstruir tudo que perdi, o meu castelo de sonhos que um dia edifiquei, desmoronou e se foi levado pela tempestade que devastou à minha existência.Calma, Liam, você superou a fase mais crítica desse tornado, que é de está vivo, portanto pode recomeçar tudo outra vez, não vale a pena lembrar mais do passado ele se foi, a partir de agora viva o presente pois, só ele pode reparar os danos que lhe foi causado. Pense numa coisa; a única pessoa que pode lhe fazer feliz, é você mesmo, e mais ninguém, agora é retomar à sua caminhada para realizar tudo que um dia você projetou para à sua vida. – A manhã lhe farei outra visita, espero encontrá-lo melhor, clinicamente você está curado, falta agora cicatrizar o seu interior. − Boa tarde!

       Liam Brady, fechou os olhos e adormeceu profundamente, mas às lembranças continuavam vivas em seu pensamento; às dificuldades na Inglaterra, a decisão dos seus pais de vir morar no Canadá, o sofrimento por que passou nos primeiros meses em terras canadense, sua vertiginosa ascensão laboral que cada vez mais o aproximavam de sua realização profissional e pessoal e pôr fim a fatídica partida dos seus pais naquela triste tarde de primavera.

       O sol teimava em brilhar por entre às nuvens cinzentas daquela manhã, era o início do verão, e já poderia se sentir a elevação da temperatura, pois durante essa estação registra-se variações até mais de 30ºC,  quando Brady despertou, havia um clima diferente na aconchegante enfermaria, não sabia explicar o que tinha motivado dentro si tamanha mudança, no entanto, alguma coisa no seu interior despertava para o futuro, só não sabia precisar o que realmente estava acontecendo.

       Já passavam das 16h, quando a porta se abriu e novamente ele pode vislumbrar toda exuberante beleza da Drª. Hanna, − Olá meu campeão! Espero que hoje esteja melhor? Seus olhares se encontraram e ele sentiu estremecer seu corpo. − Sim doutora estou me sentindo bem melhor. − Estava ansiosa para lhe visitar, queria saber como você estava. Que bom, pelo visto está ótimo se continuar nessa evolução, darei sua alta na próxima semana.  

       Liam Brady, ao logo dos seus 35 anos, sentiu pela primeira vez seu coração palpitar desordenadamente, como se fosse uma arritmia, afinal o que seria isso? Que sentimento era este que de uma hora para outra tinha lhe devolvido a vontade de viver, por mais que procurasse descobrir o que estava acontecendo não conseguia, era algo que não tinha resposta.

      Finalmente, chegou o dia da sua liberação do hospital, Drª. Hanna Sánchez, estava mais linda do que nunca por baixo do jaleco branco trajava um vestido azul da cor do firmamento que deixava transparecer as curvas delineadas do seu belo corpo. – Senhor Brady, Está pronto para ir para casa? – Estou doutora, esperei ansioso por esse dia, agora ele chegou, sinceramente não sei como é a cara do mundo lá fora, mais uma coisa tenho certeza, vou começar tudo outra vez, e senhora ainda irá se lembrar de mim. Quero lhe agradecer por todo o seu empenho por me ter me salvado. – Tem alguém que vem lhe apanhar. – Não, todos os meus familiares, meus pais, já partiram atendendo o chamamento do Senhor, eu moro sozinho, no centro da cidade. – Bem nesse caso vou providenciar o seu translado até à sua residência. Desejo-lhe toda à felicidade com a qual o Senhor tanto sonha, vou lhe dá o meu cartão com o meu número de telefone, se pôr a caso precisar é só me telefonar.

        Finalmente o veículo chegou à onde Brady, morava, ele agradeceu ao condutor e pegou o elevador. Qual não foi à sua surpresa ao adentra no apartamento, não era possível, toda a mobília havia sido trocada, a decoração do interior era algo fascinante, será que tinha entrado no edifício errado. Dirigiu-se para o quarto tudo era deslumbrante somente se convenceu quando abriu o guarda roupa e deu de cara com os seus pertences, não, não havia engano, aquela realmente era à sua casa, mas como poderia ter acontecido tudo isto, seus únicos parentes eram seus pais e eles tinham falecido.

      Entrou para o banheiro tomou um banho quente para relaxar e depois trocou de roupa, para sair, mas para onde iria? Havia perdido seus amigos, fazia tanto tempo que permaneceu hospitalizado que muita coisa tinha mudado. Estava neste dilema quando o seu telefone tocou, ficou atônito, ao atender a chamada, sentiu suas pernas fraquejarem e ele se deixou cair na aconchegante poltrona da sala de estar. A voz do outro lado da linha era doce e suave e que ele tão bem conhecia. – Liam Brady! – Sou eu! − sabe quem está falando? − Não tenho a menor ideia. − Tem certeza? − Sim, tenho. − Meu nome você já conhece eu sou Hanna Sánchez − doutora, é um prazer ouvi-la, outra vez, em que posso ajudá-la? − Se você não tiver nem um programa para esta noite, gostaria de convidá-lo para jantar! Liam, achou que ia desmaiar novamente quase que não conseguia articular uma só palavra, mas se refez rapidamente. − Será uma grande satisfação Drª. Hanna. − Por favor Liam me trate só por Hanna. Combinado, então passarei às 21h para lhe apanhar.

           Brady, não sabia o que fazer, foi até ao seu closet e teve outra surpresa tudo ali era novo, mas quem teria feito tudo isto, quem? Escolheu a melhor roupa que lhe caia bem com muita dificuldade, pois todas eram de grife famosa. Precisamente na hora marcada o interfone da recepção o chama. – Senhor Liam, pois, não. − Aqui é o Charles, a Dr.ª Hanna lhe aguarda. – Grato, já estou indo. Entrou no elevador e desceu, ao chegar mais uma vez, passou mal, Hanna estava deslumbrante, vestia um vestido preto belíssimo, deixando amostra sua escultura corporal, que combinava perfeitamente com o seu colar de pérola. Liam não ficava atrás, vestia um suéter caramelo que realçava com sua calça cor de marfim, um 1,90 m de altura, cabelos louros, olhar tão azulado que pareciam os raios do luar daquela noite quente de verão. –  Hanna também quase que não acreditava no que estava vendo, aquele não era o mesmo homem que um dia esteve entre a vida e morte em suas mãos. – Boa noite Hanna! – Boa noite! Brady. − Você está lindo! − Obrigado você está fascinante! – Grata pelo elogio. Ela tomou a iniciativa. − Vamos!      

         Chegaram ao estacionamento e ela se dirigiu para o seu carro, um Rolls Royce Phantom Coupe, azul marinho, Liam abriu a porta para ela e se dirigiram para o luxuoso restaurante Buccchus Restaurant & Lounge. Pediram um Drink e Hanna tomou a iniciativa de falar. – Como está se sentindo? − Confuso, ainda não estou conseguindo entender certas coisas que estão acontecendo comigo. A começar pelo meu apartamento, não é o mesmo quando deixei na última noite que lá dormi, antes de mergulha num sono profundo e depois o convite que você me fez.

          − Brady, eu vou lhe explicar tudo, por partes, primeiro a transformação da sua moradia. Eu localizei o seu endereço no seu prontuário e pedi ao departamento social que fizessem uma visita à sua residência eles me trouxeram um relatório e depois pessoalmente estive no seu apartamento, Charles foi quem me auxiliou em tudo, o resto você já sabe. Segunda parte está talvez seja mais difícil para mim, uma vez, que meu comportamento vai de encontro ao regulamento do hospital, que nos proíbe de todo e qualquer envolvimento com os pacientes. Como não me envolver! Quando você deu entrada na urgência as chances de sobrevivência eram ínfimas e o caso foi passado para mim e eu e toda a minha equipe lutamos dia e noite para salva-lo e graças a Deus que conseguimos e agora Liam eu quero lhe confessar que estou  apaixonada por você, talvez a convivência estreita que tivemos tenha contribuído para eclosão do sentimento que agora sinto. Liam não teve como evitar que a taça de champanhe estava em suas mãos caísse, ainda bem que estavam num ambiente reservado.

         − Hanna! Eu também me apaixonei perdidamente por você, não pergunte por que, eu não saberei responder. Você salvou à minha vida e me devolveu vontade e de viver, mas não é justo que eu estrague à sua. Sou um ex- dependente químico, pertencemos a classe sociais diferentes e eu não quero lhe causar nenhum mal, preciso lhe esquecer. −  Brady, mas eu confio em você sei que é questão de tempo à sua recuperação perante a sociedade, quero que você saiba eu não vou desistir de você aconteça o que acontecer eu estarei sempre lhe esperando.

            O tempo passou rápido, já haviam transcorridos oito meses, Liam tinha sido readmitido na sua antiga editora, e cada vez mais se destacava no cenário cultural da cidade ao ponto de ser convidado para escrever um livro que seria publicado no final do ano e ele aceitou o desafio, seria a realização do seu grande sonho e começou a trabalhar na sua edição e escolheu como título “Minha autobiografia”. Ele tinha apenas três meses de prazo para à publicação e abraçou esta oportunidade como sendo à última de sua carreira.

            O livro foi um sucesso, o primeiro de uma série de vários que viriam de pois, Liam Brady, foi um dos maiores escritores de sua época, sucesso absoluto de vendas em toda a Europa. No entanto, pagou caro pela sua renúncia, nunca mais teve notícias da Drª Hanna Sánchez, ela havia sido transferida para outra unidade da rede hospitalar em Toronto, mesmo sendo um ícone da literatura europeia, jamais conseguiu reencontrar o seu grande amor.


     

           NOTA DO AUTOR: Esta é uma obra de pura ficção qualquer semelhança é mera coincidência.

 

Autor – José Valdomiro Silva

 

                          

            

                

  

 

 

              

 

       

        

     

      

    

 

     

 

 

sábado, 22 de agosto de 2020

QUE PENA

 

Que pena que tudo que vivemos!

Parece que já esquecemos;

Para nós o tempo já passou

E o que achávamos que era lindo acabou.

 

Do seu rosto ficou a imagem para recordar;

Dos seus cabelos negros o perfume para lembrar,

Talvez, tudo tenha sido uma grande ilusão

Que fez morada no meu coração.

 

Que pena que devemos esquecer!

Que o nosso sonho não vai mais acontecer;

Nada mais será como antes

Jamais poderíamos ser simplesmente amantes.

 

Eu não queria você só por um momento;

Mas, você não entendeu meu sentimento,

E, se por acaso a saudade com você for morar

Deixa ela ficar e não vá chorar.

 

Pois eu já não estarei mais no seu presente

Serei apenas um vazio de alguém ausente;

Que fez parte da sua vida,

Esqueça as coisas lindas que foram vividas.

 

Que pena que você não entendeu!

O que senti por você já não existe, morreu.

A luz  do meu olhar, não tem mais o mesmo fulgor.

Mesmo assim, enquanto durou foi lindo o nosso amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

NOSSAS TARDES DE VERÃO

 

Escrevi teu nome na areia

Era uma linda tarde de verão;

A praia estava deserta

Eu ali sozinho contemplando o mar;

 

Todo o seu encantamento

Fez-me lembrar de ti;

Dos nossos momentos lindos

Da suave brisa fagueira

Ondulando nossos cabelos.

 

Lembro do teu meigo olhar

Fitando o meu num relance de paixão,

Despertando no meu corpo

Meus adormecidos desejos.

 

Viajei pelos atalhos da vida

Percorri seus saudosos caminhos,

Meditei nas suas frondosas sombras

Que nos acolheu em outros tempos.

 

Encontrei-me com nossas velhas manias:

Os retalhos dos nossos sentimentos

Aconchegados em nosso colo,

As cartas bordadas pelo nosso amor.

 

Vivi o ontem como se fosse o hoje;

 Fui buscar no baú das recordações

Nossos fatos antigos;

Nossas belas tardes de verão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 16 de agosto de 2020

DESPERTAR DA NATUREZA

 

O dia já raiou no horizonte!

Os raios do sol refletem nos montes;

Linda imagem do acordar da natureza

Momentos de rara beleza.

 

A magia da neblina esconde o verde dos vales

Com o bordado transparente dos seus xales;

Os súditos da noite ainda dormem

Sonhando com às maravilhas do ontem.

 

Os príncipes das matas começam a bailar

Espalhando seu canto no ar

Voando livre pelos caramanchões

Das infinitas canções.

 

As flores já despertam nos jardins

De lírios brancos e jasmins;

Das rosas vermelhas e amarelas;

Com suas pétalas suaves e singelas,

 

Que se deixam ser levadas,

Pela brisa mansa que vem das chapadas

Onde reinam o arco-íris da saudade

Mensageiro divino da felicidade.

 

E o ciclo da vida segue o seu curso natural!

De magnitude colossal

Na essência do seu esplandecer

Que se renova a cada amanhecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

MENINA DO BAIRRO

 

O sol já despertou ao amanhecer

A vida começa a florescer

Lá vem ela,

Menina moça cor de canela.

 

Linda como sempre descendo à rua

Olhos azulado como à lua

Princesa com pouse da rainha

Que pelo seu reinado caminha.

 

Por onde passa o aplauso eclode

Seus cabelos trançados o vento sacode;

Alegremente vai passando

Bailarina que pela vida vai valsando;

 

Cantarolando a canção da liberdade

Extravasando à sua felicidade.

Escultura esculpida pelas mãos de uma santa

Que a todos encanta.

 

Do seu olhar emana a mais pura luz

Que diante dos seus súditos reluz,

Ornamentando a passarela

Com às cores de uma aquarela.

 

E, a vida vai lhe conduzindo,

Ela se vai flutuando sorrindo;

No jardim da avenida colhe uma flor

De uma roseira com codinome amor.

 

 

 

 

 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

PURO ENGANO

 

Uma lágrima escorre pelo rosto afora!

Seu nome; é saudade de outrora,

Dos momentos lindos vividos

Que jamais serão esquecidos.

 

Recordo o sabor dos seus beijos

Que alimentavam meus desejos;

Do seu perfume trazido pelo vento

De algum um lugar do tempo.

 

Da época das estrelas cintilantes;

De um luar prateado brilhante

Que iluminava nosso olhar

Que nos ensinou à lição de amar.

 

E, quando às lágrimas molham minha face

Desmancham a maquiagem do meu disfarce,

Só então eu percebo que você ainda existe;

Em algum lugar de mim sua presença vive.

 

Talvez, esteja num cantinho do coração,

Ou, no acorde lindo daquela canção

Que nossos corpos um dia acalentou

E nossas vidas transformou.

 

Você não me ensinou a lhe esquecer

E, em vão tentei me convencer

Que o nosso amor ainda existia,

Puro engano, você não mais me pertencia.