sábado, 26 de março de 2016

PÁSCOA (CRÔNICA)




           A páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. Vem do latim Pascae. Significa a transição da escravidão para a liberdade, se comemora a passagem de cristo – “deste mundo para o pai”, da “morte para a vida”, das “trevas para a luz”, é a celebração da ressurreição de JESUS. 
          A páscoa é esperança de uma vida nova, onde a semente do perdão germina e o fruto do amor floresce no seio da humanidade. É um momento de reflexão; de extrema introspecção que nos permite rever as nossas atitudes como cristãos: quem somos; qual será a nossa capacidade de avaliação das ações que praticamos e o que deveremos fazer para mudar o nosso comportamento.     
         Infelizmente, estamos nos distanciando cada vez mais do verdadeiro amor: o amor pleno, aquele que é doado e não exige nada em troca, brota do nosso interior espontaneamente como uma flor que desabrocha no jardim da primavera para adornar e aromatizar a natureza com à sua pureza.
         Observando às intermináveis filas que se formavam nos shoppings em busca dos tradicionais chocolates que reverenciam a presente época, fiz-me uma pergunta! Quantos dos que ali estavam sabiam da grandiosidade e religiosidade do momento reverenciado?  Confesso que fiquei sem resposta, escravizados pelo simbolismo da história somos levados pelo consumismo dos bens de consumos que altera nossas crenças e valores, que enaltece o nosso eu material e deixa fragilizado o imaterial do nosso corpo; a alma, o espírito.    
         Abra as portas do seu coração, renove a sua fé naquele que deu a própria vida para nos salvar. É tempo de renascimento, de repensar nossos atos, de transformar à amargura em um doce sorriso. Não permita que os sentimentos nefastos que habitam o nosso mundo externo nos destruam. Acredite! Você é um ser muito especial e, portanto, merece ser feliz.



quinta-feira, 24 de março de 2016

ACORRENTADOS




Prisão sem grades!
Sentimentos ilhados
Que, não podem fugir,
Sentença proferida

Sem defesa prévia.
Assim é o julgamento
Do coração de quem ama;
Tão culpado tão inocente.

Infiel amante
Que a todos encanta,
E, não é de ninguém.
Ilusionista das paixões,

Que se esconde
Por trás de um olhar
Que já brilhou demais,
E se tornou opaco

Perdido nas estradas
Que se tornaram desertas,
Na hora da partida.
Assim é o amor!

Não tem tempo certo,
Às vezes se torna
Incerto durante o seu curso
De imprevisível Destino;

Que nos faz prisioneiros
Dos seus caprichos;
Acorrentados pelo abstrato
Desejo da renúncia.


















segunda-feira, 14 de março de 2016

MEU RECANTO




Num canto qualquer
Eu estou.
Como quem nada quer
Já não sei mais quem sou.

Se um vento rebelde!
Esvoaçando meus retalhos
Pelos arrabaldes
De um caminho sem atalhos.

Ou! Uma brisa leve,
Tão suave como a ilusão
Que no tempo prescreve,
Deixando o vazio como alusão.

E no orvalho do meu olhar
As imagens se tornam virtuais,
Deixaram de brilhar,
São miragens inusuais.

Estáticos pensamentos,
Que me fazem lembrar
Meus antigos momentos,
Livre a cantar

Canções soltas pelo ar;
No palco das madrugadas
Iluminadas pelo luar
Das noites estreladas.

Fui contumaz boêmio
De anônimos amores,
Que adormeceram no silêncio
Dos meus retratos sem cores.

Sinto o perfume do alvorecer;
Seu aveludado encanto
Invade o meu ser
E, adormeço no meu recanto.