sábado, 25 de fevereiro de 2017

CARNAVAL (CRÔNICA)



               Lembro-me dos meus velhos carnavais!  Das troças animando às ruas com os seus personagens criativos e mágicos, do aroma perfumado tomando conta do ar e àquela cortina branca de pó transformando os rostos ébrios em autêntica bagunça.
              Ah! Quanta recordação que guardo dos belos carnavais de outrora! Do encanto dos blocos de elite com as suas coreografias coloridas espalhando alegria na multidão. Das marchinhas românticas conquistando corações apaixonados. Do frevo enlouquecendo foliões no meio do salão. Daquele beijo roubado, que não deu tempo descobrir de onde veio.
             Ah! São tantas lembranças; transporto-me no tempo: dos Palhaços, dos Pierrôs, Colombinas e Arlequim, do anonimato das máscaras, dos confetes e serpentinas adereços principais para o brilho do tríduo momesco. Mergulho no mar das ondas multicores das emoções norteadas pelo ilusionismo dos amores furtivos e passageiros que nasciam no efêmero mundo dos encantos e das seduções profanas.
            Hoje é carnaval! Três dias de sonhos e fantasias. Mande embora a tristeza e caia na folia e se deixe levar pelo lúdico sentimento que lhe invade. Viva cada segundo, minuto e hora como se fosse o último, e, quando às cinzas da saudade lhe despertar na quarta- feira, você verá que valeu a pena ter participado deste evento maravilhoso; chamado “CARNAVAL”.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

VERSÕES



Os caminhos que percorremos
São versões
Que escrevemos;
Norteados pelas emoções

Do um momento lindo,
Vivido em épocas distantes.
De uma bela luz surgindo
Em nossos semblantes,

Como às flores que nos encantam
A cada primavera;
Iluminando nosso olhar
Como a pureza das canções,

Que nos acalantam
Com o canto de uma nova era;
Que nos faz a amar
A mais airosa das estações.

É o reflorescer da natureza!
A esperança que se reveste
Com o renascer de um novo tempo,
Que ornamenta nossa trajetória.

Que nos extasia com à sua pureza
De um formoso ramalhete,
Levado pelo vento
Dos textos da nossa história.





domingo, 12 de fevereiro de 2017

SOLO AMADO



Vento que balança às palhas
Dos coqueirais da minha terra,
Que desperta no meu coração
A saudade adormecida;

Que trago comigo desde
Que parti do seu solo amado.
Berço das minhas raízes;
Dos meus bordados sonhos.

Que tantas vezes fizeram
Navegar pelo seu seio pátrio,
Meus mitos e ledices,
Que se propagaram

Pelas diversas fases
Da minha vida;
Onde construí meus castelos
No silencio dos seus recônditos.

Enrosco-me nas suas
Alvas dunas,
Açoitadas pela brisa airosa
Do seu crepúsculo.

Eternas recordações escritas
Nos pergaminhos do livro
Das minhas memórias.