domingo, 24 de março de 2019

MONIHO DOS VENTOS


Vejo  o moinho dos ventos
Da minha existência
Norteando os meus caminhos;
Então ando, percorro às estradas,

Que o destino me reservou
Para ser trilhadas.
E, me perco em seus cruzamentos
Que me levam aos atalhos
De uma nova época.

Sigo adiante, talvez, eu queira encontrar
Os rastros que deixei perdidos
Em algum lugar do tempo;

Cobertos pela poeira abstrata
Da saudade que fez morada
No meu coração.

Medito nas lembranças
Que afloram do meu pensamento
Para passarela florida do presente.

Outra vez, descubro aquele olhar
Que me seduziu,
E me fez amar o desconhecido
Rosto que achei perdido
No encantado cenário da vida.

sábado, 16 de março de 2019

SINTO O CHEIRO DE FLOR


No jardim da vida desabrocha
Uma linda flor!
Sinto seu cheiro no ar
Inebriante perfume;

De essência rara
Que brota de uma fonte celeste,
Trazida pelas águas de março
Que se espraiam na maviosa brisa
De uma nova época.

O sol que desponta ao amanhecer
Resplandece nos canteiros,
Onde as rosas acalantam
Seus sonhos.

E o flóreo dos campos da infância
Florescem no caramanchão
Da juventude.

Sinto o cheiro de flor
Que vem de longe!
Das lembranças adormecidas
No berço do tempo;

Das manhãs de tranças douradas;
Iluminadas pelo brilho
De um olhar sonhador.

terça-feira, 12 de março de 2019

NASCENTE LIVRE


Eu sou como a fonte;
Que flui de uma nascente livre
De águas cristalinas,
Que escorre sem destino

Pelos vales dos desconhecidos
Sentimentos não lapidados
Pela arte de amar.

Eu sou como aquela brisa 
Suave e atrevida,
Que acaricia a beleza
De um rosto anônimo;

E leva consigo a efêmera fragrância
Do flóreo dos campos;
Dos que amam sem saber
Que são amados.

Eu sou como aquela estrela;
Musa inspiradora de uma poesia
Com versos e rimas
De um poeta oculto,

Editor de um texto,
De explícitos sentimentos
Censurado pela censura
Dos amores secretos.