sexta-feira, 26 de abril de 2019

PÁSSARO DE PRATA


Pássaro de prata de asas brancas
Voando por entre as constelações.
Aos poucos vai encurtando
A distância da tão esperada chegada.

Por entre as nuvens
Das recordações
Sigo o traçado do retorno
Para os braços daqueles
Que eu deixei quando parti.

No meu lugar ficou o vazio;
Trago comigo trancada
No peito a saudade,

De tantos e tantos momentos
Que vivi no acalanto
De um pranto incontido.

Infinitos são os desejos
Que alimentam a minha alma,
E dão vida aos meus anseios;
 Transcendem a razão,

Que me faz delirar ao contemplar
Pelas tuas escotilhas
O esplendor da natureza
Que surge diante do meu olhar.

O tempo vai passando rapidamente
E, os quilômetros da ansiedade,
Aos poucos vão sendo percorridos

Tudo vai ficando para trás.
Olho pela janela embasada
Pelo orvalho da noite que lá fora cai.

Já é madrugada estou prestes
A chegar ao meu destino,
O meu voo termina aqui.