sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CHORO



Choro silenciosamente
Em meu quarto!
Choro pela saudade
Que levo comigo!
Choro pelos momentos
Felizes que vivi!
Choro por tudo,
Que não consegui realizar.
Choro porque não pude
Esquecer-te.
Choro porque o amor,
Foi embora precocemente
Da minha vida.
Choro pelo fim
Dos meus sonhos!
Choro porque não tive,
Tempo de te amar.
Choro pelos desejos,
Que ficaram somente
Na minha mente.
Choro sem ter ninguém
Pra me ouvir!
Choro mesmo sabendo,
Que já é tarde.
Choro porque descobri
Que foi um erro te amar.

CHANCE



Quando se erra
Sempre existirá
Uma nova chance.
Pra o arrependimento
O perdão é o lenitivo
Pra o recomeço,
Que adoça as amarguras
Da ausência.
Não se deixe levar
Pela mediocridade
Do ódio que habita
Um coração vazio.
O sol de ontem
Não é o mesmo de hoje,
Tem um brilho diferente.
Siga seu caminho
Sem olhar pra trás.
Não carregue o fardo
Da culpa,
Pois ele nada acrescenta
Ao seu presente.
Deixe fluir no seu espírito
O desejo de recomeçar
Outra vez.

CARA METADE



Uma neblina passou
Na minha vida,
E teve a força
De uma tempestade.
O vento soprou
Na avenida.
Menina moça,
Minha cara metade,
Que surgiu por encanto
Numa tarde de verão.
Entre luzes e velas
Sua silhueta apareceu.
A noite foi um acalanto
Pra o meu coração.
Pura como as flores amarelas,
Que me enterneceu
E me fez sonhar
Embalado pela canção
Dos amantes.
Assim nosso amor nasceu.
Você me ensinou a amar.
 E perdi-me na emoção
Dos seus olhos brilhantes.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

MEMÓRIA



Ela vem chegando
De mansinho.
Bate à porta
Do coração
Sem pedir licença,
Pra entrar.
Tem o poder
Da conquista.
Domina o pensamento
E faz os olhos
Marejar.
Faz o sorriso brotar
Ingênuo
Nos lábios.
Retorna tantos
Sonhos,
Que se misturam
Com a realidade
Do presente.
Fiel companheira
Confidente
De segredos,
Que se perderam
No silêncio do passado.

MENINO



Menino que se esconde
Dentro de mim!
Que de vez em quando
Faz-me sorrir,
Como antigamente
E enche a minha vida
De doçura.
Menino que me faz voltar
A uma época passada!
E correr livre pelos campos
Da minha infância.
Que me faz brincar
Com as borboletas
Que bailavam,
Pelos canteiros
Dos meus caminhos,
Adornando meus sonhos.
Menino que não me abandonou
Quando cresci!
Que invade os meus pensamentos
Quando a solidão
Comigo vem morar,
E me deixa feliz outra vez
Como antigamente.