quinta-feira, 2 de maio de 2013

CRIANÇA



Sorriso intrínseco!
Olhar perdido,
Em um ponto
Qualquer da existência,
Quase imperceptível.
Infância e juventude,
Que se encontram!
Na idade adulta.
Habitamos o mesmo corpo
Em épocas diferentes.
Eterna criança,
Que jamais crescerá.
Quando menos esperamos,
Faz-nos saltitar
De emoção!
Conduz-nos por caminhos,
Que jamais saíram,
De nossas lembranças;
Do nosso pensamento;
Você estará presente
Por toda nossa vida.

CLAUSURA



Tranquei-me no meu mundo,
E não percebi
A clausura que me envolveu!
Preso nos meus pensamentos
Atrofiei minha mente!
E tolhi meus passos,
No momento mais precioso
Da minha existência.
Minhas ideias ficaram perdidas
No vácuo da minha subconsciência,
Isolei-me da convivência
Dos que me amavam.
Fui traído pelos meus sentimentos,
 E parei na contramão
Do universo que não conhecia.
Imerso nos meus sonhos!
Acreditei que os meus princípios,
Eram verdadeiros e imutáveis.
Que a essência da vida,
Não tinha valor,
Era imensurável aos meus olhos.
Cultivei conflitos,
Que cresceram no meu interior,
E acreditei no estereótipo das ilusões.

ABANDONADO



Semblante cansado
No rosto aflito,
O retrato da desilusão.
Lembranças do passado.
Olhar perdido no infinito.
Corpo marcado pela isolação.
Passos trôpegos
Sem destino.
Árdua caminhada
Que lhe roubava o fôlego;
Flutuando como um bailarino
No palco das madrugadas.
Quantos sonhos perdidos
Que ficaram pra trás.
Renegado pela vida
No tempo esquecido.
Recordação fugaz
Que não pôde ser contida.
Da alegria que não conheceu,
Dos momentos felizes
Que nunca existiram.
De um tempo que não viveu.
Marcas das cicatrizes
Que nunca sumiram.