domingo, 24 de abril de 2022

RESPLANDECENTE

 

No infinito brilha uma estrela

Que certa vez cintilou na minha vida

Resplandecente como uma centelha

De uma bela paixão vivida.

 

Ando a esmo pelas desertas ruas

Procurando lhe encontrar

Por entre os encantadores reflexos das luas

Que me ensinaram a lhe amar.

 

A brisa fria da noite desalinha meus cabelos

E me perco no tempo que passou,

Vejo que é inútil meus apelos

Nada para ser lembrado você deixou.

 

Relembro os acordes daquela maviosa canção

Que vinha no vento flutuando

E fazia morada no meu coração,

Que o seu amor ficava cultuando.

 

Mas tudo foi um sonho lindo de viver;

Um belo amor que se tornou proibido,

Que não teve forças para sobreviver

E foi pelo adeus preterido.

 

O firmamento sempre será o meu lugar;

Sua mística imagem me seduz

Quando encontro o seu olhar

Refletido na magnitude de um facho de luz.