quarta-feira, 21 de março de 2012

RETRATOS


Retratos de uma época
Que me fascinou.
Melodia que me encantou
Quando a ouvi,
Pela primeira vez.
Retratos de um momento
Qualquer que me tocou,
Quando vivi.
Que me fez delirar
E chorar quando acabou.
Retratos de um álbum
De belas matizes,
Que o tempo transformou
Em preto e branco.
Retratos que guardei,
No estúdio das emoções,
Dos sonhos impossíveis;
Das lágrimas reprimidas;
Na hora de partir.
Retratos proibidos
Registrados em um negativo,
Que a vida
Não permitiu
Serem revelados.

SEM DESTINO

Andei por tantos caminhos!
Por ruas e vielas,
Estradas de cruzamentos confusos,
Sem direção definida.
Naveguei por rios e mares!
Riachos e igarapés.
Atravessei bosques e florestas,
Planícies e montanhas.
Voei por mundos desconhecidos!
Repletos de vendavais.
Aventureiro sem rumo,
Envolvido pela poeira do tempo,
Que transformou minha vida.
Como uma folha que vaga,
Fui levado pelo vento
Sem destino algum.
Mergulhei nos meus pensamentos!
Busquei nos meus sonhos,
E não consegui me encontrar.
No arquivo da minha memória
Uma página ficou em branco.
Sem título, sem referência,
Sem lembranças.