sábado, 13 de abril de 2019

TEATRO DAS ESTRELAS


Teatro das estrelas
Chamado de vida
Onde tudo tem inicio, meio e fim.

E, às luzes do tempo
Tem prazos marcados
Para se apagarem.

Histórias que se repetem
Com interpretações diferentes
Nos palcos montados
Por um invisível artista.

Em seus camarins tudo acontece;
Sorrisos e lágrimas se misturam
Na caracterização de rostos
  Desconhecidos, sem nomes.

Cenários virtuais que se tornam
Reais na rotina do cotidiano
Roteiros anônimos coreografados
Nos folhetins do futuro.

Tudo tem um outorgado principio
Que norteia os passos,
Que ficam marcados nas estradas
Repletas de curvas e surpresas.

Obstáculos que surgem inesperadamente
No meio das íngremes trilhas
Traçadas pelo destino.

Às vezes tudo acaba!
Sem chegar ao final do caminho;
Sonhos que são interrompidos
Pela fatalidade de um precoce adeus.







   


CORAÇÃO SOLITÁRIO


Na emoção de uma despedida
Um coração solitário chora;
Lágrimas que se perderam
Na imensidão do vazio
Do silêncio que ficou.

O amor partiu como um raio de luar
Que se escondeu por entre as nuvens
Das brumas do adeus,
E se perdeu na infinita distância

De um terno sonho liberado;
No silêncio de uma madrugada
Que outrora foi refulgente;
Aconchegante berço dos amantes,

Fruto proibido e incondicional
Que brotou no regaço da inocência,
Dos que amam em segredo
De um incontido desejo;

Que floresceu através do tempo
O laurear sentimento de amar
Puro e inconsequente;

Que ficou esquecido
Na sedução do envolvente
Momento da  partida.