Na vida cultivei um lindo jardim;
Seu aroma suave de jasmim
Inebriou-me com à sua essência
E me transportou pelos campos da inocência.
De um tempo que foi lindo vivê-lo
E que nunca irei esquecê-lo
Pois marcou à minha juventude
Em toda à sua plenitude.
Suave brisa que me traz tantas recordações;
Dos sonhos que hoje são ilusões
Que outrora foram carinhos.
Que nortearam os meus caminhos
Bordando-os com as flores da felicidade
Que brotaram da roseira da saudade.
As
luzes já se apagaram a cidade dorme
Contemplo
a nostalgia da noite
Viajo
pelos atalhos do meu pensamento
Não sei
lhe encontrarei pelos caminhos de outrora.
Estou perdido
no vazio que você deixou,
Então
me vejo contemplando as fotografias
Em
preto e branco sem as cores do nosso amor
Que
foi extasiante enquanto durou.
Fomos
amantes de uma vida sem censura;
Recordo
os beijos roubados na magia
Da luz
do seu olhar ao anoitecer
Na
inocência da despedida ao amanhecer.
Eu lhe
perdi, você se foi por entre as sombras
De uma
meiga lua que no firmamento passeava
Abraçada
pela neblina de uma madrugada
Coadjuvante
dos amores passageiros.
Sinto
o seu cheiro perfumando o quarto
E o
coração bate forte no meu peito
Procuro
em vão lhe encontrar
Pelos
atalhos das minhas recordações.
Deixo-me
ser levado pelo nevoeiro dos sonhos
E me
perco no redemoinho das ilusões
Vida
que passa, vida que segue,
Não
deu tempo confessar que ainda a amava.
