Navego
pelas tuas vertentes
Pelos
teus regatos e riachos,
Que me
purifica com tua
Água
benta,
Que
renova minhas forças
E me guia
pelos teus caminhos.
Perco-me
nos teus trajetos
Emaranhados
pelos meus atos.
Solitário
amante de uma era
Que
passou,
Tão
linda tão bela,
Como um
botão de rosa
Desabrochando
ao amanhecer.
Sinto
o aroma
Da
juventude passando
Por
mim;
Levando
em sua carruagem
Retratos
da mocidade que vivi,
E que
no teu atelier
Pintei
com as cores
De uma
aquarela viva,
Paisagens
de um mundo
Que
pensei que era só meu.
Hoje,
somente, hoje
Percebo
que tudo passou,
Que
não sou mais o mesmo
De
antigamente.
Mas, o
brilho do meu olhar
Continua
como antes.
Iluminado
pela esperança
De
outra vez,
Encontrar
o amanhã.
Vejo-me
no espelho
E, me
encanto com a inocência,
Que
ainda permanece
No meu
sorriso,
Que
surge por entre
As
rugas e marcas
Do meu
rosto;
A tua
evidente presença
Nos
traços,
Que o
tempo deixou
Para
ser lembrado.