domingo, 29 de dezembro de 2013

PARTIDA



Um breve aceno
E nada mais!
Sonhos que jamais
Realizar-se-ão.
Desculpas não aceita,
Atitudes impensadas
Que nada construíram.
Castelos de areias
Que ruíram com o vento
Da separação.
Aos poucos tudo
Vai ficando distante,
Perdido num ponto
Qualquer da vida,
Que outrora foi linda.
Lembranças de momentos
Inesquecíveis,
Que ficarão para sempre,
Adormecidos no coração.
O amor é mesmo assim!
Nasce quando menos
Esperamos;
Morre quando mais
O desejamos.

sábado, 28 de dezembro de 2013

PÁSSARO



Queria tanto poder
Seguir-te,
Frequentar os lugares
Por onde passas;
Mas, não posso.
Queria tanto adormecer
Sentindo o orvalho
Da noite,
Salpicando o meu rosto,
Mas, sou proibido.
Queria tanto ser livre
E desafiar o infinito
Como tu fazes.
Poder cantar
Pra ao mundo
A canção da felicidade;
Mas, sou limitado.
Queria tanto voar
Igual a ti,
O mais alto que puder;
Por entre as nuvens,
Beijar as flores
Ao desabrochar.
Mas, não posso.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AMANHÃ



Livre, solto, flutuo,
Levado pelas minhas
Emoções.
Mergulho na incerteza
Do desconhecido.
Renego minhas
Razões,
E me deixo ser levado,
Pela retina
Do meu pensamento.
Olhar perdido
No vazio do horizonte.
 Absorto momento
Que me faz acreditar
Em uma liberdade
Distante;
Que norteia meus passos
Pelas variantes
Da minha vida.
Translúcidas imagens
Que projetam
Minha sombra,
Na realidade,
De um futuro incerto.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PINGOS DA CHUVA



Os pingos da chuva
Molham a rua deserta.
A lua preguiçosa
Logo se recolheu,
E as estrelas adormeceram
Nos braços,
De uma nuvem cinzenta
Que começava acordar.
Aos poucos o silêncio
E a melancolia
Vão ocupando seu espaço.
A neblina que cai,
Transforma o cenário
De brilho e fantasia.
Os pingos da chuva,
Deixam a cidade mais triste.
Indolentemente à noite
Recolhe-se ao seu palácio,
Levando consigo
A intrepidez dos seus súditos,
Encharcados pelos drinques
Que não foram consumidos,
Pelo desejo reprimido
Na alma, de um amor,
Que não aconteceu.

domingo, 22 de dezembro de 2013

PESADELO



A chuva cai!
Lá fora
À noite está cinzenta.
Uma densa neblina
Esconde a melancolia
Do tempo.
Os pirilampos se foram,
As mariposas
Esconderam-se
Do frio noturno.
Uma cigarra sonolenta
Cantarola
Sua última canção.
Aos poucos
A paisagem vai mudando.
A lua refugiou-se
Por trás dos montes,
E adormeceu mais cedo.
Os frívolos Habitantes
Da cidade,
Aquecem-se
Na lareira do abandono,
E adormecem no deserto
Teatro da vida.