segunda-feira, 28 de julho de 2014

CLAMOR

Meu grito eclode
No silêncio
Da alma.
Perde-se na imensidão
Do infinito,
Que abriga
Minhas ilusões.
Meu coração
É um andarilho,
Um nômade.
Escravo dos amores
Inconstantes,
Que em seu seio
Fizeram moradia.
Minha voz!
É um sibilo
Que se perde
No vácuo das paixões
Proibidas.
Renegado sentimento
Que ficou sem guarida
Vagando a esmo.
Encontro-me no meu canto!
Na partitura da vida
Sou envolvido pela sua
Maviosa canção.
De harmonia indefinida,
De notas e tons marcantes.
Que me faz reviver
O que não pode
Ser esquecido.
Em cada verso
Um rima de saudade,
Que se vai com o vento
Sem destino.