segunda-feira, 26 de outubro de 2015

PALCO DA VIDA


Quando as luzes se apagaram
E, eu fiquei sozinho;
Senti uma estranha sensação!
Será que recitei bem
O meu papel?

A plateia já tinha partido,
No camarim vazio,
Pouco a pouco
A ficção deixava
O meu rosto.

O eco dos aplausos
Não saía da minha mente.
Da sinopse da minha cena
Ficou uma lembrança
De tudo que eu representei.

Fui o protagonista principal
De uma história,
Que era só minha.
Caminhei pela
Coxia deserta

Contemplei o cenário
Vazio ao meu redor.
E uma incontida
Lágrima rolou
Pela minha face afora.

Fecharam-se às cortinas,
O espetáculo havia terminado.
E, no palco da vida,
Eu fui apenas
Um artista sem nome.