Eu fui
o teu ponto de partida;
O
ancoradouro que te acolheu
No porto
deserto da tua vida.
Chegaste
nas ondas mansas
De uma
linda madrugada
E, eu
estava ali te esperando.
A
neblina do mar revolto
Molhava
nossos corpos
E,
pela primeira vez
Nossos
olhares se encontraram.
O cais
estava repleto!
Lá no
alto a deusa dos boêmios,
Espraiava
seus raios divinos
Sobre o
marfim da praia.
E o
amor fez morada dentro de mim;
Habitou
meu ser prematuramente
E te
amei no silêncio do meu olhar.
Na
trilogia do tempo
Vivemos
suas nuances distintas;
Fomos
amantes
Num
incandescente passado.
O cais
está vazio, sem plateia.
A
suave brisa das lembranças
Me faz
companhia.
Não te
encontro mais no meu presente.
O
último barco está preste a partir
Eu já
me vou;
No
porto do futuro aportarei
Talvez,
lá te encontre outra vez.