sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

EPÍLOGO


Não diga adeus
Pois nada termina aqui
Somos apenas figurantes
De um filme sem cópias
No papel de ator principal
Cada um representa seu papel
O destino é um roteiro fictício
Nosso script já está escrito
Com epílogo definido
Feche os olhos e imagine
Que o tempo está ali sorrindo
Que tudo não passou de um engano
Que somos imortais
E que jamais iremos partir
Deixe que alegria invada seu ser
Não permita que a tristeza seja sua companheira
E quando quiseres chorar
Lembre-se que alguém o fará por você
Viva cada segundo como se fosse o primeiro
Cada encontro será sempre um reencontro
Seja livre para voar para o desconhecido
E na interpretação derradeira
Diga simplesmente até breve

TUDO PASSA


Tudo na vida termina num adeus
Dos tristes aos belos momentos
Um lindo sonho que não aconteceu
A dor fragmenta nossos sentimentos
O sofrer purifica nosso ser
Enriquece nossa existência
Como a fonte do saber
Norteia nossas experiências
Tudo na vida tem um princípio e um fim
Palavras que se perderam
Entre o não e o sim
Frases que não nasceram
Textos incompletos
Que jamais serão concluídos
De rimas e versos repletos
Que das lembranças foram excluídos
Tudo na vida é passageiro
Nada é para sempre
É como um vento fagueiro
Que nos envolve momentaneamente
A vida é uma doce ilusão
Flores que desabrocham
Em forma de paixão
Que de repente murcham

PRIMAVERA


O aroma anuncia à primavera
Os campos estão floridos
Adornando tantas quimeras
Momentos lúdicos coloridos
Estação dos amores
Dos encantos dos amantes
Da pureza das flores
Enfeitando os vales distantes
Rosas de vários significados
Que adornam tantos corações
Relacionamentos terminados
Torrentes de paixões
Sua Fragrância nos leva a amar
Incontido desejo
Que nos faz delirar
Lábios que se tocam num suave beijo
Pétalas perfumadas
Que nos leva ao devaneio
Lágrimas derramadas
Que molham nossos anseios
Ramalhete de diferentes emoções
Que entre sorrisos e pranto
Renova nossas recordações
Do primeiro ao último encontro

SEM SENTIDO


Tela em branco
Mente bloqueada
Impossível pensar
Palavras sem sentido
Nada consegue
Me inspirar
Ao meu redor
Tudo é estranho
Por um momento
Estou estático
O cansaço me domina
Olhos ressecados
Pela ausência do sono
O stress do cotidiano
Toma conta de mim
Meus neurônios
Não respondem
Navego sem rumo
Num mundo virtual
Que foi criado
Pelo meu inconsciente
Não vale apena resistir
Adormeço sem saber
Como será o amanhã

FIM


Estou sozinho outra vez
Já não tenho mais você
Estamos aos poucos
Cultivando um adeus
O calor do nosso abraço
Já não nos aquece mais
O sabor dos nossos beijos
Não tem mais a doçura do desejo
Só você não percebe
Que estamos nos distanciando
Trilhamos caminhos opostos
Nosso semblante já não é o mesmo
Aos poucos tudo se transforma
Quarto vazio, camas separadas
Retratos em preto e branco
Que outrora foram coloridos
Te procuro nas minhas lembranças
E não consigo te encontrar
Vagando pelos meus pensamentos
Me vejo perdido
No frágil universo
Que construímos