sábado, 29 de setembro de 2012

QUERO VER O SOL



Quero ver o sol
Como antigamente!
Poder despertar
Com seus raios,
Iluminando o meu quarto
Convidando-me pra vida.
Quero ver o sol
Como antigamente!
Aquecer o meu corpo
Com o teu calor.
Mergulhar no primeiro
Rio que encontrar;
Pra me refrescar.
Quero ver o sol
Como antigamente!
Secando às lagrimas
Da noite ao amanhecer.
Poder contemplar
Todo seu esplendor
Ao nascer.
Príncipe das tranças
Doiradas;
Ardente como o desejo,
Que desaparece ao anoitecer.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ANGÚSTIA


Sentimento que aperta o coração,
Que nos deixa sufocado
Sem saber o que fazer.
Que nos faz liberar
As lágrimas sem querer.
Sentimento sem definição.
Sensação de abandonado
Distante do prazer,
Onde é proibido sonhar,
E nada nos faz esquecer.
Sentimento de perda,
De um intenso vazio
Onde às lembranças
Do passado,
Renascem no presente.
Sentimento de despedida,
De um tempo perdido
E sem esperanças.
Solitário e amargurado
Que nos deixa frágil e carente.


A DOR DA AUSÊNCIA


A despedida é uma dor,
Que a princípio
Não tem cura.
No auge do furor
A lembrança do início
É uma tortura,
Que dilacera
Nosso ser.
Nada tem sentido.
O coração parece sangrar,
Pois é hora de esquecer
O que foi vivido.
De abrir o sorriso,
E esconder às lágrimas
E deixar o tempo passar.
O futuro é impreciso.
Tudo ficou na memória,
Não da mais pra mudar.
Pra dor da partida
Não existe remédio.
É uma ilusão perdida
Onde predomina o tédio.

domingo, 23 de setembro de 2012

O TEMPO


O tempo se foi rapidamente!
Sinto saudades
Do ontem.
Das travessuras da infância;
Da alegria incontida
Ao receber
O primeiro presente,
Dos verdadeiros amigos.
O tempo está passando lentamente!
Já não consigo mais acompanhá-lo,
Sinto desejo de correr
Pelos campos;
De poder ouvir o cantar
Dos pássaros.
Assustar-me com eco das matas,
Mergulhar nas águas,
Claras que deslizam suavemente
Pelos vales floridos.
O tempo já se foi!
Levou consigo
Minha juventude;
Meus sonhos;
Meus ideais;
Minha vida.

NEVOEIRO


A porta se fechou,
Separando os dois mundos.
Nada restou
Para ser lembrado.
Farrapos que se foram
Levados pelo vento,
Do amor que se foi.
Muros construídos
Pelas mãos do destino,
Que não podem
Mais ser escalados.
Barreiras intransponíveis
Quando se deixa de amar.
Trilhas que se perderam
Na distância,
De um sentimento vazio.
Que adormeceu
No silencio da solidão
Dos sonhos,
Que não se realizaram.
Que se dissiparam em meio
A poeira do esquecimento;
Levados pelo nevoeiro
Das ilusões.