Nós
jamais seremos os mesmos
De
antigamente,
Pois
seguimos direções
Opostas
aos nossos sentimentos;
Você
é dia e eu sou noite.
E quando nossos olhares
Se
encontram já não refletem
Mais
o mesmo brilho
Dos
nossos olhos.
E,
assim caminhamos
Pelo
avesso das nossas vidas;
Na
contramão da nossa ventura.
Dos
nossos desejos,
Que
já não tem mais onde aportar,
Pois
o único porto seguro
Que
existia em nosso mundo;
Nós
o destruímos;
Soltamos
às amarras
Do
barco da felicidade,
Que
se encontrava ancorado
No
cais do nosso coração.
E,
ele se foi mar afora,
Levado
pelo vento frio do adeus;
Navegando pelas correntezas
Turvas
que outrora foram cristalinas.
Aos
poucos ele vai sumindo,
Suas
velas brancas se abrem
No
aceno derradeiro,
De
um amor que vivemos
Em
toda à sua plenitude.
Talvez
tenha sido melhor assim;
Nossos
caminhos
Não
poderiam se cruzarem;
Você
jamais seria minha,
E,
eu não nasci para você.