quinta-feira, 7 de junho de 2012

AMARGO VAZIO

Dentro do peito
Uma dor escondida.
Um adeus não aceito;
Incontida despedida,
Um olhar perdido
Sem direção.
Sentimento árido,
Que não teve afeição.
Momento marcado
Pela à ausência.
De um vazio amargo
Ornado pela aparência.
Planos desfeitos
Que ficaram perdidos.
Caminhos estreitos
Que não serão percorridos.
Sonhos interrompidos
Pela insensatez.
Desejos adormecidos
Sem avidez.
O amor foi um vento
Que passou,
Partiu com o tempo
E nunca mais voltou.

FRÁGIL



Vivi tantos sonhos!
Alimentei ilusões
Que só existiam,
No abstrato
Do meu pensamento.
Perdi-me na contra
Mão do destino,
Que não me deixou
Encontrar a felicidade.
Fui viajante errante
Das trilhas desconhecidas;
Das noites mal dormidas.
Vivi tantos sonhos!
Deixei-me levar
Pelo encanto das flores;
Pelo brilho sedutor
De uma estrela
Perdida, sem rumo.
Que me roubou
O amor que pensei
Ser só meu.
Que foi passageiro,
Evolvente quando nasceu;
Que se tornou frágil;
Quando me disse adeus.

INFÂNCIA




Saudades de você!
Quando corríamos
Abraçados,
Pelos campos da vida.
Você não me entendia,
E muito menos eu
Entendia você.
Suas mudanças
De resultados
Inconsequentes.
Saudades da primeira vez!
Que nos encontramos.
Da minha insegurança
Pra seguir seus caminhos.
Das aventuras;
Dos passos trôpegos;
Das palavras balbuciadas;
Do clarão ofuscando
Meus olhos;
Do medo do desconhecido;
Do sorriso ingênuo
Que me obrigaram a dar.
Saudades que me acompanhará
Por toda a vida.