domingo, 24 de julho de 2011

ABSTRATO


Não sei de onde ele vem
Talvez tenha sido produzido
Em um vale de rara beleza
Ou quem sabe, no laboratório
Dos corações solitários
Aroma de essência desconhecida
Que toma conta do ar
Que respiro invadindo meu ser
Fazendo-me folhear
O livro da minha vida
Sentimentos que florescem
Na linda melodia de uma canção
Nos versos de uma composição
Que me marcou
Nas lembranças de tantos
Momentos lindos
Que estavam adormecidos
Em algum lugar esquecido
No desejo impossível
De viver tudo outra vez
Você estará sempre presente
No meu cotidiano
Num mundo que é somente meu
Você é o perfume da despedida
Que um dia me fez chorar

sexta-feira, 22 de julho de 2011

AMANTES

A cidade adormece!
A rua está deserta.
Os amantes desaparecem
Em meio à neblina
Da madrugada sonolenta.
Amores que se foram.
Amores que ficaram.
Cobiça proibida
Que não pode ser revelada.
Personagens anônimos
De um conto real,
Que se encontraram
Por acaso no palco,
Das ilusões.
Ardentes paixões,
Raros momentos,
Vividos sem censura.
Delírios inebriantes
Envolventes e passageiros.
A maquiagem se desfez
Como por encanto.
O amor foi um vento
Que passou,
Tão errante que nada deixou
Pra ser lembrado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESCOLHA


Escolhi a Beleza das manhãs
Para te dizer que o nosso amor
Tem a pureza de uma flor
Desabrochando pra vida
A inocência do primeiro olhar
A grandeza do sol nascendo
Escolhi o crepúsculo da tarde
Para te dizer que o nosso amor
É como o vôo das gaivotas
Bailando no ar
Transmitindo a paz
A cada entardecer
Escolhi o esplendor da noite
Para te dizer que o nosso amor
Tem o fascínio de sua magia
O ilusionismo das paixões
A liberdade de viver um sonho
Escolhi a nostalgia da madrugada
Para te dizer que o nosso amor
Não tem mais o brilho das estrelas
Que tantas vezes nos iluminou
Foi uma utopia que não suportou
A brisa do ciúme
E nos deixou para sempre

sábado, 16 de julho de 2011

O AMOR É ASSIM


Tantas idas e voltas
Tantos perdões e desculpas
Tantos desejos reprimidos
Por caprichos e nada mais
Tantos momentos lindos
Que se tornaram tristes
Quantas palavras ditas
Simplesmente por dizer
Quantas atitudes impensadas
Que destruíram vidas
Quantas lágrimas derramadas
Num instante de dor
Numa alusão à alegria
Viver é um ato contínuo
Que bruscamente
Pode ser interrompido
O amor é assim
Atraente quando o descobrimos
Envolvente quando o conhecemos
Ardente quando o sentimos
Evidente quando o vivenciamos
Angustiante quando o perdemos
O amor quando parte
Deixa-nos reminiscência
De belos momentos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

LEMBRAR


Amo a brisa
Que vem de longe
Seu aroma
Me faz lembrar
Um tempo que pensei
Que havia esquecido
Do verde da minha terra
De um sol preguiçoso
Que me despertava
A cada amanhecer
Da avidez ao desafiar
O desconhecido
Da paz de cada entardecer
Que me fascinava
Ao contemplar
A beleza
Do saltitar das estrelas
Pontilhando
Com o seu bordado cintilante
O céu azul
Das lindas noites de verão
Amo a brisa
Que vem de longe
Ela me faz recordar
Que eu fui feliz
E não sabia

terça-feira, 12 de julho de 2011

NÃO VALE A PENA


De que vale a pena lembrar
O que passou
Não podemos, mas viver
O que se foi
O perfume do ar
Já não é o mesmo
A neblina que nos envolveu
Está mais densa
Nos tornamos mais insensíveis
Somos produto de um meio
Onde os valores estão invertidos
Cada vez, mas choramos menos
Somos máquinas humanas
Que a qualquer instante
Pode parar para sempre
De que vale a pena lembrar
O que não conseguimos realizar
Fomos egoístas
Para nos doar
Fomos Insensatos
Para perdoar
Fomos incapazes
Para amar