Ai amor, ai amor!
Amor de tantas faces;
Dos belos rostos
que tem no olhar
O feitiço de
transformar à melancolia
De um coração
solitário
No mais puro dos
sentimentos.
Amor, que nasce na pureza
De uma flor
desabrochando
No jardim encantado
de uma primavera,
Que cobre os
caminhos
Com às suas sedosas
pétalas.
Amor, que brilha
como às luzes do verão,
Que refletem no seu
firmamento
Toda à sua
apoteótica beleza;
Do sol ardente das
Paixões
Que acende à chama
viva dos desejos.
Amor, que se vai
como às folhas do outono,
Que partem levadas
pela brisa
Do crepúsculo da
despedida
Com os seus lenços avermelhados
E se vão a esmo sem
destino.
Amor, que se aquece
no frio do inverno
Nos braços da
mulher amada
Envolto pela
neblina do prazer
De um sonho lindo de
viver.