Efêmera infância
que não vivi!
Passou como um raio
Iluminando o
negrume da noite,
Despertando às
serras distantes.
Amor primeiro que
senti!
Perfumado pelas
flores da primavera;
Vento forte como um
açoite
Que na minha vida
passou rasante;
E com ele se foi à
juventude.
Saudade das madrugadas
de luar
Do perfume da
mulher amada;
Das coisas simples
que não morrem;
Do viver em toda à
sua plenitude.
Lembranças da
beleza do mar
Que me levaram a
sonhar,
No delírio inconsciente
do desconhecido
Das minhas imagens
virtuais.
Adormeço no
silêncio das recordações
Que ficaram comigo;
De um tempo que foi
parceiro
Das minhas venturas
boêmias,
Cúmplice dos amores
anônimos;
Confidente dos meus
queixumes.
Maquiador dos meus
sentimentos.
Ah, tempo! Tempo você
passou,
Como um torvelinho
de linha;
Aos poucos foi me
levando para longe
Dos meus sonhos.