quarta-feira, 5 de agosto de 2020

EFÊMERO SENTIMENTOS

Há, nômades sentimentos!

São tantos que me possuíram,

Alguns pousaram no meu mundo

De passagem, logo se foram

Não deu tempo conhecê-los.

 

Outros deixaram marcas, profunda marcas,

Que ainda não cicatrizaram;

São como às brasas das paixões intensas

Que sempre serão ardentes.

 

Há, efêmeros sentimentos!

Tão frágeis como as nuvens de algodão,

Que se foram no sopro do vento

Que me conquistaram no primeiro olhar;

 

Num beijo roubado

Em uma inebriante madrugada.

Na essência do perfume

Que ficou no meu corpo ao amanhecer

Dos meus desejos proibidos.

 

Há, amantes sentimentos!

Alguns, suaves como à brisa

Das tardes de verão,

Que me fizeram escravo das suas vontades;

 

Dos amores que passaram por mim;

E, que deixaram, parte dos seus retalhos

Dispersos na minha vida;

Cada um levou pedaços do meu coração.