sábado, 27 de outubro de 2012

RISOS E PRANTOS



Entre risos e prantos
Eu te amei!
Adormeci nos campos.
Sonhei com as estrelas.
A luz do luar me guiou
Pelos caminhos,
Dos amores perdidos.
O príncipe loiro das manhãs
Iluminou meu rosto,
E eu voltei à realidade.
E me vi sozinho,
Quanto tempo se passou?
Vivemos um sonho,
Que parecia ser eterno
Mas foi tão frágil,
Que se perdeu,
No silêncio das perguntas
Sem respostas.
 Minhas lágrimas enxuguei
Com as pétalas das flores,
Que brotavam
Ao amanhecer.
Entre risos e prantos
Eu te amei.

PERDA



Quando o amor
Nos deixa!
E o vazio toma conta
Do nosso coração,
A saudade passa a ser
A nossa eterna companheira.
É como se o tempo
Ficasse estático,
E do passado aflorasse
Nossos belos momentos.
Sorrisos e lágrimas,
Que se misturaram
A maquiagem que a vida
Nos impôs,
E não nos revelou
Que tudo era apenas
Uma fantasia.
Que vivemos por viver.
Que cultivamos sentimentos
Que são programados
Para o fim.
Que quando se ama,
Estamos expostos
Ao sofrimento da perda;
A dor da separação.

PASSOS



Passos que se seguem
Deixando pra trás
Rastos de saudades.
Que se perdem
Num final de tarde lilás
Sem felicidades.
Passos que se vão
Deixando marcas na poeira
Dos caminhos.
Bela recordação
De uma tarde fagueira
Adornada pelos passarinhos.
Passos levados pelo vento
Sem destino algum.
Solitário andarilho
Esquecido no tempo
Sem passado nenhum,
De olhar distante sem brilho.
Passos que pararam
Vencidos pelo cansaço
Da vida.
Lágrimas que rolaram
No abraço
Da despedida.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PENSAMENTO


O pensamento vagueia
Pelas ruas das lembranças!
Busca encontrar
Algo que ficou perdido
Em algum lugar;
No meio do caminho
Coberto pela folhagem.
Do tempo que passou,
Rabiscos escritos
Nas páginas amareladas,
Que a poeira do passado
Não apagou.
Talvez nunca seja encontrado,
Caiu no esquecimento;
Perdeu-se nos atalhos
Da vida.
Lampejos de uma lucidez
Que desperta na mente
O sonho de antigamente.
Retalhos que ficaram
Perdidos na imaginação.
O pensamento passeia
Pela estrada da recordação;
Sem nada encontrar.

PARADOXO


O tempo passa,
E eu  vou junto com ele.
Olho no espelho,
E vejo a transformação
Do meu corpo.
Tento em vão,
Conter a metamorfose
Do meu ser.
Procuro separar,
O físico do psíquico.
O meu consciente
Impõe  limites,
Que me recuso a aceitá-los.
Sou obrigado a seguir
Pela marginal
Da minha geração.
E tento me convencer
Que tudo é apenas
Um pesadelo.
Que a juventude é sinônimo
De imortalidade.
Olho no espelho e vejo,
Que meu pensamento
É paradoxal ao processo de viver.