Oh, madrugada
minha!
Pertinaz
amante
Cúmplice anônima
Do meu
silêncio;
Que
acolhe às minhas lágrimas.
Em teus
braços eu me aconchego
Do
frio da solidão,
Que
congela meus sentimentos
E dilacera
o meu coração.
No sopro
da tua suave brisa
Meus
pensamentos tomam forma
E, passeiam
pelo seio das lembranças;
Dos
amores que partiram
Num
prematuro adeus.
Sinto
saudade das tuas luas;
Do fulgor
das tuas estrelas;
Dos
teus acordes mágicos
Que se
transformavam
Na
mais linda canção;
Que embriagava
meus sonhos
Com tuas fantasias.
Nômade
sentimento que me deixava
Ao amanhecer
No
clarão da aurora.