terça-feira, 24 de maio de 2011

CORRENTEZAS


Estou partindo
Sem destino algum
Aos poucos vou sumindo
Por entre às imagens
Do meu pensamento
Palavras soltas pelo ar
Que não pude junta-las
Pois o tempo
Não me permitiu
Deixo-me embalar
Pelas ondas
Das minhas lembranças
O que passou jamais voltará
São pétalas de uma flor
Que se desfez com o vendaval
De uma existência inócua
Rimas e versos
Que não foram escritos
Coração sem rumo
Que navega
Pelos mares da solidão
Levado pelas correntezas
Das ilusões

domingo, 22 de maio de 2011

INCONSEQUENTE


Olhares que se encontraram
Por acaso
Que penetraram no nosso interior
Discretamente
Despertando sentimentos
Que estavam adormecidos
Mãos que acenaram
No momento da partida
Que enxugaram a lágrima
Que não pode ser contida
Palavras que foram ditas
Simplesmente por dizer
Que destruíram sonhos
Que se calaram para sempre
Quando o diálogo ficou mudo
Erros cometidos e repetidos
Quase sempre às escondidas
Marcas que o destino deixou
Prelúdio de um final
Que não foi previsto
O que passou não volta mais
Está esquecido num ponto
Qualquer do passado


sábado, 7 de maio de 2011

MÃE

Tu és como às perolas da manhã
Tens a essência das rosas eternas 
A pureza de uma flor
Que desabrochou
No jardim do paraíso
Teu olhar tem o brilho
Das estrelas
Que cintilam no firmamento
Do teu sorriso emana
A paz, a ternura, a poesia
Tua voz é uma bela canção
Composta pelos anjos
Tu és a fonte de ternura
Que alimenta minha alma
Com a sabedoria divina
Teus braços é o agasalho
Que me aquece no frio
Da solidão
Tu és a luz que ilumina
Meus passos pelos
Caminhos sinuosos de um mundo
De tantos desafios
Querubim das madrugadas
Que me unge
De calma e serenidade
Companheira de tantas lutas
De noites em claro
Quando enfermo me encontrava
Renunciastes a tua vida
Em prol da minha
Lembro com saudade
Daquele tempo
Em que juntos caminhávamos
Cheios de esperança
De um dia encontrarmos a felicidade
Tua juventude se foi
Minha infância também passou
Tu és a ancora
Que me firma para resistir
A dor, o sofrimento
Contigo aprendi a amar
Mesmo sem ser amado
E aceitar as adversidades
Da minha existência
Ensinaste-me a semear o amor
Desprezar o ódio e a ingratidão
E a colher o perdão
Áureo coração que  me acolheu
Deusa em forma de mulher
Que sempre me protegeu
Estarás sempre presente na minha vida
SENHOR, OBRIGADO PELA MÃE QUE ME DESTES!