domingo, 18 de outubro de 2020

A DOR DO ADEUS

 

 

Dói! Uma dor que dilacera o coração

Que nos vira pelo avesso,

Quando tudo termina em uma mera ilusão

De um sentimento que se tornou revesso.

 

Sonhos que ficaram perdidos pelos caminhos

Amores que o tempo levou

Nas asas dos redemoinhos

De um sopro do amor que passou,

 

No brilho das luzes que se apagaram

No crepúsculo da despedida;

No último contato das mãos que se afagaram

No momento final da partida.

 

Dói! Recordar quando tudo começou,

Lábios que pela primeira vez se tocaram

E aquele sorriso que um rosto iluminou,

Corpos que no delírio dos desejos se amaram.

 

A saudade que chega inesperadamente

Quando o silêncio  ocupa o lugar

Da presença que se tornou ausente

Nas lindas noites de luar.

 

A brisa do adeus é leve e suave

Para quem deixou de sonhar;

Mas é espinhosa como a flor do agave

Para quem nunca vai deixar de amar.