domingo, 23 de setembro de 2012

O TEMPO


O tempo se foi rapidamente!
Sinto saudades
Do ontem.
Das travessuras da infância;
Da alegria incontida
Ao receber
O primeiro presente,
Dos verdadeiros amigos.
O tempo está passando lentamente!
Já não consigo mais acompanhá-lo,
Sinto desejo de correr
Pelos campos;
De poder ouvir o cantar
Dos pássaros.
Assustar-me com eco das matas,
Mergulhar nas águas,
Claras que deslizam suavemente
Pelos vales floridos.
O tempo já se foi!
Levou consigo
Minha juventude;
Meus sonhos;
Meus ideais;
Minha vida.

NEVOEIRO


A porta se fechou,
Separando os dois mundos.
Nada restou
Para ser lembrado.
Farrapos que se foram
Levados pelo vento,
Do amor que se foi.
Muros construídos
Pelas mãos do destino,
Que não podem
Mais ser escalados.
Barreiras intransponíveis
Quando se deixa de amar.
Trilhas que se perderam
Na distância,
De um sentimento vazio.
Que adormeceu
No silencio da solidão
Dos sonhos,
Que não se realizaram.
Que se dissiparam em meio
A poeira do esquecimento;
Levados pelo nevoeiro
Das ilusões.

NÃO DIGA NADA


Não, não diga nada!
Deixe que o silêncio
Fale por nós.
Se puder, negue,
Que nos amamos,
Que tudo foi apenas,
Uma aventura passageira.
Não, não diga nada!
Esqueça que fiz
Parte da sua vida.
Que fui um vento
De amor,
Que passou
Sem ser percebido.
E que em você
Essa paixão
Não marcou.
Não, não diga nada!
Deixe se levar
Pela saudade,
De um tempo
Que foi lindo,
Maravilhoso,
Em quanto durou.