Ainda choro ao relembrar o que passou!
Vejo aquele lindo olhar brilhando
Quando de longe me acenou,
No meu rosto uma lágrima estava rolando.
Senti que ali nossos sonhos terminavam
E que o amor foi apenas uma ilusão;
Sentimentos frágeis que habitaram
O meu inocente coração.
Aos poucos você foi desaparecendo
Na densa neblina do adeus
Por entre o crepúsculo se esvaecendo.
Talvez, tenha sido melhor assim,
O tempo passa e vamos esquecendo;
Na verdade você não nasceu pra mim.
Vento
que varre o terreiro
Berço
que por onde um dia caminhei
Que
desenhava as figuras encantadas
Na
minha mente de herói.
Ah,
que saudades que tenho
Da liberdade
de antigamente;
Da brisa
atrevida ondulando
Os
meus cabelos soltos,
Harmonia
perfeita entre o meu eu
E as
pedrinhas que formavam
O mosaico
das minhas passarelas
Que me
levaram para os braços;
Das minhas
aventuras nas madrugadas
Sedutora
das minhas fantasias,
Maquiadora
dos amores passageiros
Dos lindos
rostos que amei,
Que marcaram
à minha vida
Com os
belos sorrisos,
Que iluminaram
meu coração
Com aquele
olhar brilhante
Fui interprete
das cenas que escrevi
Assim
cresci com às minhas fantasias
E, até
hoje vivo sonhando com aquele tempo.
Encantei - me
com a beleza do seu sorriso;
Sua voz suave me
levou ao paraíso;
Seu olhar
tinha um brilho diferente
Cintilava como
o de uma princesa inocente
Passeando
pelos floridos campos.
Seus cabelos eram
crespos
Ondulados como
às ondas do mar
Que ornava o
meu sonhar,
Quando o sol
acordou a manhã que nascia
Desfazendo à
noite e à sua fantasia,
Sem despedidas
você partiu.
Será que você
realmente existiu?
Ou foi apenas
uma ilusão
Que fez morada
no meu coração.
Vejo a vida passando por mim
Sinto o cheiro da saudade
De um livro que chega ao fim;
No ar ficou o aroma da mocidade.
As chamas da juventude ainda me aquecem
Como nos tempos antigos,
Belos momentos que não se esquecem;
Dos alegres encontros com os amigos,
De um violão solitário acordando a mulher amada
Adormecida na meiguice de
uma madrugada
Que passeia pelo firmamento.
As imagens desfilam diante do meu olhar
Como as pétalas de uma roseira à desfolhar
Vagando pelos jardins do meu pensamento.
Somos a obra primogênita da criação, a
mente humana tem a capacidade de inteligência e raciocínio. A atividade do
intelecto atua dentro de três níveis que funcionam de acordo com as ondas
cerebrais: Astral, Alfa e Theta, agem diretamente em nosso consciente que nos
permitem, o relaxamento mental que nos possibilita, descansar, pensar, sonhar,
entre tantos. É aí que existe o grau de inconsciência que é semelhante ao
estado de coma ou ao nível onde nos encontramos no âmbito espiritual.
Em nossas vidas acontecem fatos que nós
seres humanos não somos capazes de explicar a sua existência, pois não existe
nenhuma demonstração cientifica que possa provar a sua veracidade. Os fenômenos
sobrenaturais estão acima de qualquer pensamento humano, portanto, as coisas
naturais são terrenas já os acontecimentos sobrenaturais estão no campo do
espírito. A nossa existência tem tantas faces que por mais que procurássemos
decifrar os seus enigmas, jamais conseguiríamos encontrar as respostas para os
acontecimentos que surgem ao longo da nossa caminhada terrena.
Viena é uma cidade belíssima, capital da
Áustria, localizada no leste do país às margens do rio Danúbio, tem um legado
artístico e intelectual riquíssimo, que se consolidou pelas obras de
personalidades marcantes, como Mozart, Beethoven e Sigmund Freud, que nela
residiram. É nesse paraíso cultural e histórico que a nossa narrativa acontece.
O Hospital geral da cidade de Viena, (AKH
Wien), figura no ranking, como sendo um dos melhores do mundo. Era 13 de agosto
do ano1983, vítima de um acidente aéreo, dar entrada em estado gravíssimo, Antthony
Klein, um grande empresário da cidade austríaca de Linz, acompanhado do seu
médico particular, Dominic Prinz, foi transportado numa UTI móvel, Helicóptero,
sedado e com poucas chances de sobrevivência. Era uma luta desigual entre a
vida e a morte, onde o tempo era o grande mediador que definiria a vitória
final.
O quadro era tão grave que teria de ser realizado
o atendimento em caráter de urgência, foi levado imediatamente para o Centro Cirúrgico
e como o Dr. Dominic, já vinha prestando os primeiros socorros ao paciente e
inclusive, era Cirurgião Geral, assumiu a pedido da equipe médica local a
responsabilidade de conduzir a cirurgia que durou aproximadamente, dez horas,
foram momentos de muita apreensão, a exaustão já tomava conta de todos os
envolvidos na operação de salvamento. Graças a competência do Dr. Prinz, o procedimento
foi um sucesso. O que poderia ser feito foi feito, estava nas mãos de Deus. Era
esperar como ele iria reagir nas próximas 72 horas, para que fosse realizada
uma avaliação completa do pós-operatório.
Após transcorrido o tempo necessário
o cirurgiado apresentou reações excelentes e respondeu bem a todos estímulos. Estava
fora de perigo, no entanto, deveria ficar durante pelo menos trinta dias sob cuidados
intensos, tendo em vista, a complexidade do tratamento. Todos os profissionais
envolvidos nas ações para salvar a vida de Antthony Klein, comemoraram o milagre
alcançado. Só não se encontrava presente o principal responsável pelo pleno êxito
operatório, o Dr. Dominic Prinz, que estranhamente alegando compromissos
inadiáveis no Hospital onde trabalhava, passou toda responsabilidade para os profissionais
locais e não mais foi visto.
Aos poucos Antthony, foi recuperando a
consciência, embora ainda não falasse, fato este, que estava dentro do previsto
para o seu restabelecimento total. Finalmente foi liberado para receber visitas
de seus familiares, foi então que relatou, só recordar de que estava
sobrevoando uma região montanhosa, pilotando o seu avião particular, um Piper –
PA – 28 – 140, monomotor, quando o motor começou a falhar, e aí ocorreu o
acidente e não se lembrava de mais nada.
Quando o médico plantonista, começou a relatar o estado crítico que ele chegou aquela unidade hospitalar, acompanhado pelo seu médico particular, Dr. Dominic, a surpresa foi geral, inclusive, dos familiares que se encontravam no recinto, ao responderem que Antthony, não tinha nem um médico e não conheciam o senhor Prinz, mas como seria isso possível, interveio, o Diretor geral do hospital, Cristopher Winter, afirmando que foi o próprio Dr. Dominic que operou, Antthony Klein, para esclarecer, resolveram requisitar o vídeo da cirurgia e na imagem não aparecia o Dr. Prinz, todos ficaram perplexo sem crer no que estavam vendo. Foi convocado o pessoal que trabalhou naquele plantão e todos foram unânimes em afirmar que realmente o médico mencionado esteve sim, presente e foi ele que realizou a tão difícil operação que salvou a vida de Antthony, sem a intervenção dele, talvez não tivessem conseguido. Logo após o período de recuperação, Klein, recebeu alta, sem saber quem foi o anjo que o socorreu.
O acontecimento era tão incrível que foi convocada a comissão de segurança do prédio, que através de um especialista em papiloscopia,
Rael Wolf, elaborou o retrato falado do estranho personagem, que inexplicavelmente
não havia registros da sua passagem naquele hospital. Firmado nas discrições da
aqueles que tiveram acesso ao médico, como textura do cabelo, cor da pele, formato
dos olhos, sobrancelhas, nariz, boca e rosto, conseguiu traçar um contorno bem-feito
e chegar a uma fisionomia que todos afirmaram ser a pessoa que adentrou no hospital
naquela noite. Mas, quem seria ele? Por que a sua imagem não apareceu na
gravação no Centro Cirúrgico? Perguntas que ficariam sem resposta durante muito
tempo.
Foi feita uma minuciosa investigação
sobre o acidente que vitimou o senhor, Antthony, e ficou provado que o mesmo
aconteceu e ele foi socorrido pela equipe médica do pronto socorro da cidade de
Linz, em uma aeronave, tendo em vista a gravidade do estado de saúde do
acidentado, todavia, não existia nenhum profissional médico com o nome de
Dominic Prinz, e que logo que o socorrido foi recebido na urgência do hospital,
os socorristas retornaram à cidade Linz.
Era o ano de 1987, haviam passados quatro anos do enigmático ocorrido na madrugada do dia 13 de agosto de 1983, no AKH Wien, até àquela data, tudo permanecia mergulhado num profundo mistério, mas, inesperadamente e bastante impactante a verdade veio à tona, e ainda mais deixou todos incrédulos e sem conseguirem entender o que realmente aconteceu.
O Dr. Cristopher Winter, Diretor Geral do
AKH Wien, que participou na época da complexa intervenção cirúrgica a que foi submetido
o senhor, Antthony Klein e que inclusive esteve ao lado do cirurgião, Dominic
Prinz, teve de comparecer a uma Cerimônia Fúnebre de despedida de um ente querido
no principal cemitério de Viena, Zentralfriedhof. Sofreu um mal-estar ao
visualizar uma lápida de um mármore especial branco com letras douradas, com um
epitáfio: aqui jaz, o médico Dominic Prinz, nascido, 11.09.1940 e falecido,
13.08.1980. Vítima de um acidente aéreo. Homenagem de familiares, amigos. Logo
mais no centro, uma fotografia com o ornamento em ouro com a epígrafe: tributo
da classe médica pelos relevantes serviços prestados ao país. Dr. Winter não
acreditava no que via, era impossível a luz da ciência que tal fato tivesse
acontecido, mas a única certeza que tinha era a de que a foto que estava diante
de si, realmente era do Cirurgião Geral, Dr. Dominic Prinz.
NOTA DO AUTOR: Esta é uma obra de pura
ficção qualquer semelhança é mera coincidência.
Autor – José Valdomiro Silva
“O rio da minha
vida segue o seu curso normal, vou navegando pelos seus afluentes sem rumo
algum, não sei qual o porto em que desembarcarei, quem sabe, será naquele cais
lindo adornado pelas flores marinhas, trazidas pelas gaivotas bailarinas,
coreografando o crepúsculo de mais um dia e levando consigo uma parte das
minhas utopias, dos meus incontidos desejos.”
Ando
por aí procurando encontrar
Alguém
que me faça outra vez amar;
Meu
olhar se perde na distância da minha procura
Vou seguindo
pelas trilhas da minha ventura.
Sou um
andarilho dos tempos,
Respiro
com saudade o aroma dos ventos
Que nortearam
os caminhos da minha vida
E a purificaram
com sua essência florida.
Sinto
no ar o cheiro do amor fagueiro;
Fragrância
de um incenso feiticeiro
Que
certa vez inebriou o meu coração.
Amei
demais, não sei se fui amado,
Talvez,
esse tenha sido o meu pecado,
Acreditar
num sentimento que era apenas ilusão.
Quando as lágrimas molharem
a sua alma
Deixe-as brotarem pelos
seus olhos,
Pois um dia elas
emolduraram seu belo rosto
E irrigaram o jardim da
felicidade do seu tempo.
As sombras do ontem serão
as luzes do presente
E o farol do seu futuro
Que iluminará os seus
caminhos.
Viva cada segundo, minuto e
hora
Em toda sua plenitude como
se fossem os últimos,
Saiba vive-los, pois dentre
em pouco
Eles serão páginas viradas
Que não podem mais ser
editadas;
São como as folhas do
outono
Que a brisa da separação
leva para longe.
Permita que as flores da
esperança
Refloresçam no seu coração.
Sorria para a vida, pois
ela é uma joia rara
Que precisa ser lapidada
com o amor.
Vejo a
vida passando por mim
Numa
câmera lenta sem fim
E tudo
é um sonho lindo de viver
Um
botão de rosa que desabrocha ao nascer.
E aos
poucos tudo vai se transformando
E não
percebi que o tempo estava passando;
Que o
meu olhar não era o mesmo de antigamente
E o
meu sorriso aos poucos ia se tornando ausente.
E me
deixo ser levado pelas lembranças,
São
momentos especiais das minhas andanças
Pelos
caminhos de tantas emoções.
Sinto
o perfume das recordação no ar,
A
magia do embalo das ondas do mar
Nos
acordes das minhas belas canções.
Ah, Meu tempo!
Porquê passas tão rápido;
És veloz como o vento
De um amor que outrora foi cálido.
Tens o cheiro dos amantes
Que já não podem ser mais como antes;
Pois se tornaram proibidos
Mas que jamais serão esquecidos.
Vivem adormecidos nas lembranças
Das aventureiras andanças
Que marcaram nossos caminhos.
De repente tudo volta a ser lembrado;
O presente se torna a ser passado
Revivendo os meus momentos lindos.
Pranto que escorre na hora do adeus
Olhar perdido no infinito
A procura dos olhos seus
Você era verdade, jamais foi um mito.
As suas marcas ficaram pelos caminhos,
Nos atalhos das paixões,
Que deixaram no peito a dor dos seus espinhos
Dos desejos incontidos; das seduções.
Talvez tenha sido um anjo que passou
Numa noite bela de luar,
E no firmamento se encantou
Na mais linda estrela a cintilar.
As luzes do amanhecer já se acendem,
A vida se renova no seu resplandecer
E as lembranças da realidade transcendem
Os momentos felizes que não se pode esquecer;
Que viverão para sempre adormecidos
No silêncio na hora da despedida;
Sentimentos que jamais serão esquecidos
Umedicidos por uma lágrima não contida.
O tempo é o mensageiro das emoções,
Coadjuvante dos romances inesqueciveis
Mágico das transformações
Dos amores que se tornaram impossíveis.
Quando o
amanha nascer
Não mais estarei presente;
Procure me esquecer
Pois serei
apenas um sopro de amor ausente,
Que passou
pela à tua vida
Entre às
flores de um jardim,
Que aromatizou
a nossa existência florida
Com o perfume
de jasmim.
Já não tenho o
encanto do teu olhar
Que outrora me
levou a te amar
Mas, nos
deixou sem despedida,
Na melancolia
de um lindo entardecer;
Na magia de um
matizado anoitecer;
No crepúsculo de
uma inevitável partida.
Quando as lembranças com você
vier morar;
Quando a saudade por sua vida
passar;
Deixe o vento desaliar seus cabelos
Deixe que as recordações sejam
seus apelos.
Diga pra si que valeu a pena reviver
Que foi lindo ver o sol nascer
Nas belas manhãs de verão
Permita que o amor faça morada no seu coração.
Ame com toda a intensidade do
seu ser
Viva a plenitude do momento
presente
Pois você não sabe quando ele se
tornará ausente.
A felicidade é um estado de
espirito
Efêmera e nada fica escrito
Para encontrá-la é preciso saber
viver.
E à minha vida te entreguei
Vivemos um sonho lindo
Que aos poucos foi partindo.
Efêmera foi a nossa felicidade
Que se foi nas asas da saudade
Que passou em nossas vidas,
E levou às nossas histórias proibidas.
O amor fez morada em meu coração
Em uma madrugada bela de verão,
E me ensinou a te amar.
Foste à minha paixão
Que o tempo transformou em ilusão
E se foi nas águas claras do mar.
Era primavera as pétalas esvoaçante traziam o aroma das flores,
essências que se propagavam pelo ar levadas por uma brisa fagueira. Os
jardins tinham o perfume primaveril que
encantava os amantes e alimentava a esperança de um dia viverem um amor, livre
que não necessitasse sobreviver no anonimato dos corações que abrigam os
sentimentos proibidos.
Mas o que fazer se não somos nós que
traçamos as rotas do nosso destino, a cartografia dos caminhos a serem
percorridos já é traçada previamente são vias que não podemos visualizar ao longo
das nossas trilhas, pois elas são invisíveis e nem sempre estão em consonância
com os nossos planos. Nesse contexto acontecem vitórias e fracassos, portanto é
preciso que sempre estejamos preparados para aceitar as conquistas e saber
lidar com as adversidades da vida. Tudo tem um sentido de ser, nada acontece por acaso.
Barcelona, capital
cosmopolita da região da Catalunha na Espanha, é uma cidade belíssima, conhecida
pela sua arte e arquitetura. É um importante centro cultural e artístico,
repleta de museus, parques, galerias, belas praias, universidades, bares e
restaurantes tradicionais e tantas outras atrações que fazem com
que ela seja uma das cidades mais visitadas da Europa. É nesse cenário de
sonhos e realidades que a nossa
história acontece.
Paris, aeroporto, Charles
de Goulle, a bordo de um Airbus A320, da companhia AirFrance, com destino a
cidade de Barcelona, Espanha, a bela espanhola, Martina Sanchez, comtemplava
pela janela do avião que estava parado aguardando à autorização para decolar,
prestes a partir, contemplou a exuberante paisagem desenhada a sua frente, sem
que pudesse conter, as lágrimas escorriam pelo seu rosto afora. Jamais poderia imaginar
que o desfecho da tão sonhada viagem para cursar o doutorado em Neurociência,
na University of Paris, mudaria para sempre a sua vida. Foram quatro anos de
intensos estudos, noites em claros, dias após dias debruçada sobre os livros e
textos que às vezes lhe deixava no limiar de um cansaço mental. Mas agora que
havia concluído o curso já não mais desejava retornar a sua cidade natal,
parecia secundário voltar para à família, seu amado esposo, Alejandro Martin,
cada vez mais parecia distante e aos poucos sua fisionomia ia se dissipando de
sua mente.
Tal tristeza tinha uma
razão de ser, havia se apaixonado perdidamente por um dos seus professores,
Lohan Durand, já não tinha nenhuma dúvida, era um amor louco que aos poucos foi
tomando conta do seu ser e quando percebeu já era tarde demais. O tempo foi
passando e cada vez mais se envolvia num relacionamento amoroso, que não teve hora para começar mais
que tinha data prevista para terminar, e agora havia chegado esse momento. Pediu a Lohan
que não fosse ao seu embarque, pois somente assim sofreria menos. Ainda não
sabia como seria a sua vida de agora por diante estava partindo mais o seu coração ficaria em terras francesas.
Finalmente o avião decolou e ela lançou um olhar melancólico de adeus.
Adormeceu durante o voo e foi acompanhada pelas lembranças que reproduziam as
imagens de toda a sua estadia em
Paris, a sua chegada as dificuldades de adaptação em terras estranhas, a
insegurança dos encontros com Lohan no tradicional café, Les Deux Magots, onde
tudo começou, o beijo que a deixou assustada e com sentimento de culpa, pois
Alejandro não merecia a sua infidelidade. O crucial momento da despedida
num jantar romântica numa noite
belíssima de luar a bordo de um
cruzeiro no Rio Sena.
Despertou quando a aeronave taxiava na pista
do Aeroporto Josep Tarradellas Barcelona – El Prat. Começava ali um novo ciclo
da sua vida como seria a partir
de agora a relação com o seu marido, Martin, talvez tudo que aconteceu em Paris
tenha sido apenas uma aventura e que logo esqueceria o seu romance
extraconjugal com Durand e tudo voltaria ao normal e reconquistaria outra vez o
sentimento amoroso por Alejandro, que já a esperava na sala Vip do aeroporto,
trazia nas mãos um lindo ramalhete de flores vermelha que demostrava toda a sua
ternura por ela.
Retomou as suas atividades
normais como professora titular da mais laureada universidade de Barcelona, Universitat of Barcelona (UB), na área de saúde.
Procurava a todo custo esquecer o acontecido, mas cada vez mais se envolvia com
recordações de tudo que viveu com Lohan. Sempre mantinham contatos que fortalecia ainda mais
a relação entre os dois.
Aos poucos a relação com o seu
esposo, foi se deteriorando, as
crises eram constantes motivadas pela mudança comportamental apresentada por
Martina, após a sua chegada de Paris. Cada vez mais foi ficando difícil a
convivência, então chegaram à conclusão, que a separação era inevitável e os
laços matrimoniais foram desfeitos. Sanchez estava livre para seguir o seu
caminho.
Já haviam transcorridos dois
anos do seu retorno de Paris, e ela vivia mergulhada num mar de ilusões que lhe
atormentava, ainda mais agora que estava sozinha, sentia os efeitos da solidão.
Como estaria Lohan, frequentemente se comunicavam, mas moravam em países
distintos e a distância entre os dois talvez os separasse definitivamente. Será
que o amor que sentia por ele era tão intenso, que seria capaz de lhe suprir
com as forças necessárias para superar a fase difícil que passava. Sempre
reclusa no seu luxuoso apartamento localizado no distrito, Les Cortes, bairro
Peldralbes, sorvia uma taça de vinho Italiano, um dos mais caro do mundo,
Château Margoux, sua mente se encontrava no nível de consciência terrena, onde
a vida é feita de começo e recomeços
e se inicia a evolução da
consciência que é caracterizada pela força dos tempos inexistentes e do mundo
ao redor, nesse ponto estamos muito presos ao passado e vislumbrando o futuro.
E, para Martina Sanchez, o que poderia ela esperar do futuro? Era uma incógnita,
o que fazer se a felicidade estava cada vez mais distante, o difícil era dar
o primeiro passo para encontrá-la.
Aos poucos foi adormecendo e outra vez
os sonhos habitaram o seu
pensamento e como sempre os momentos felizes que passou na cidade luz, Paris, afloravam como se
fossem um presente real.
Era a estação da primavera na região da
Catalunha, os parques e jardins estavam mais floridos, soprava uma airosa aragem, do
alto do firmamento uma feiticeira lua, ladeadas pelas estrelas
bailarinas, saudava os seus súditos, era um belo luar. Martina sem saber por
que foi sugestionada para apreciar aquele céu lindo que
se assemelhava a sua última noite em Paris. Elegante como sempre colocou um sobretudo longo preto, que
harmonicamente fazia um conjunto perfeito com o seu suéter beje de gola alta. Ao
longo dos seus 40 anos, era uma mulher belíssima, 1, 85 m de altura, cabelos
pretos e olhos castanhos claros, estava fascinante.
Estacionou o seu BMW, prateado
no estacionamento do luxuoso restaurante, Michelin Stars Restaurant, e se
dirigiu para a cobertura. Ocupou uma das mesas e pediu um vinho tinto, Dofi
D.O. O som de um piano espalhava suas
notas pelo ar, era uma melodia romântica, “No Me Doy Por Vencido.” Absorta em seus
pensamentos contemplava maravilhada a apoteótica beleza da abóbada celeste, e
não percebeu quando um elegante homem se aproximou da sua mesa. Tinha cabelos
loiros, seus olhos verdes pareciam esmeraldas brilhando no luxuoso recinto. Posso
sentar senhora, Martina Sanchez, ficou pálida e por pouco não desmaiou, não era
possível estava delirando, conhecia muito bem aquela voz, tremula fixou seu
olhar no desconhecido. Sim era ele, Lohan Durand, seus olhos marejaram e ela
não conseguia conter a emoção. Finalmente ele sentou e lhe contou o que tinha
acontecido.
Depois que você partiu fiz
de tudo para conseguir ser transferido para a Espanha, não importava
para onde, queria estar mais perto da mulher da minha vida. Pós-Doutor
em ciências da saúde, recebeu um convite para chefiar o Departamento de
Doutorandos da Universitat of Barcelona (UB). Não conseguiu dizer mais
nada, seus lábios se uniram num infinito beijo. Era uma esplendorosa madrugada de luar.
NOTA
DO AUTOR: Esta é uma obra de pura ficção qualquer semelhança é mera
coincidência.
Autor
– José Valdomiro Silva
As luzes brilham no firmamento!
Os raios das estrelas se propagam
Como a saudade no pensamento;
E as palavras pelo ar divagam;
Flutuando como pétalas ao vento
Que acenam nos braços das lembranças,
Que marcaram um sentimento
De um tempo de tantas esperanças.
Sinto na brisa o perfume da juventude
Fugaz em toda à sua plenitude
E que nos faz sonhar.
A vida nos permite viver,
Momentos que não podemos esquecer
Lindos como a magia do luar.
