sexta-feira, 3 de novembro de 2023

BARQUINHO DE PAPEL

 

Sou um amigo do silencio,

Companheiro invisível dos meus passos

Em todos os meus momentos

Compartilho meus segredos.

 

Derramo minhas lágrimas em seu peito

Vou chorando pelos caminhos

A dor de uma eterna saudade

Que guardo dos tempos de outrora.

 

Do sabor dos beijos que hoje sinto na ausência,

Dos amores que deixaram suas essências

Na fronha do meu travesseiro solitário

Que me conforta nas madrugadas de insônia.

 

No delírio de um presente que já é passado;

Uma maviosa brisa traz os acordes

De uma linda canção que me faz relembrar

As minhas aventuras de antigamente.

 

Então percebo que estou vivendo um sonho;

Na miragem do meu pensamento

Vejo-me cavalgando no alazão das lembranças

Pela espumas brancas de uma praia deserta.

 

Meu olhar se perde no infinito

Das ondas que se quebram mar afora

Levando o meu coração num barquinho de papel.