domingo, 2 de agosto de 2020

DESENGANO

O cansaço me consome

Pelas noites mal dormidas.

Estou sozinho

Na margem do deserto

Dos meus sentimentos.

 

Os aventureiros das baladas

Já se foram com o vento

Frio, que sopra do passado!

Meu olhar se perde na distância

De uma estrada que parece não ter fim;

 

Que me separa do céu

E da terra onde nasci.

Caminho a esmo sem saber

Qual será o meu destino.

 

Se fui feliz, não sei,

Se um dia amei alguém

Já esqueci, talvez tenha

Sido apenas uma ilusão;

 

Tão passageira que não deixou

Rastro para não ser lembrada.

Os pingos da chuva

Começam a molhar o meu rosto

 

Só então percebo que as lágrimas

Escorrem pela minha face,

Então, eu choro, choro;

 

Porque não consigo recordar

Mais de você, choro por tudo

Que juntos construímos;

Pelos momentos lindos que vivemos

E, que deixamos irem embora.

 

Choro, porque o meu tempo passou,

Se foi no galope de uma estrela cadente

Que levou no seu brilho

Meu desejo de lhe amar outra vez.