sábado, 30 de agosto de 2014

DESFOLHAR

Há! Como foi extasiante
A primeira vez!
Nossos corpos se tocando,
Encontrando-se na volúpia
Que tomou conta do nosso ser.
No incontido desejo
De nos possuirmos;
De descobrir
O prazer do desconhecido,
De desfolhar os segredos
Do amor;
Suas fantasias,
Seus fetiches.
Suas utópicas fronteiras,
Que nos fez prisioneiros
De um mundo mudo;
Tão profano
Que nos envolveu
Com seus pecados.
Maravilhoso momento
Que desnudou
Nossos preconceitos,
E nos fez acreditar
Na pureza do seu encanto.
Que nos banhou
Na cascata cristalina
De sua sedução.

sábado, 23 de agosto de 2014

PEÇA

Deixe a tristeza
Pra lá!
Voe para os braços
Da alegria.
Troque a máscara
Da realidade
Pela a do sonho,
E caia na folia.
Embarque no bloco
Da magia,
E se deixe flutuar
Nas ondas do lúdico
Momento, que o prazer,
Proporciona aos súditos
De um reinado encantado;
Onde a ficção
Da o tom da melodia,
De um samba-enredo
Composto pela vida,
Que puxa
A alegoria da saudade.
De adereços virtuais,
Projetada por um ilusionista
Que fez de você a peça
Principal de sua harmonia. 

sábado, 16 de agosto de 2014

SOU EU

Sou um viajante
Da emoção!
Das madrugadas flamantes
De verão.

Sou passageiro do tempo
De uma sonhadora boêmia;
Das canções levadas pelo vento,
De uma saudosa nostalgia.

Sou fragmentos dos amores,
Que nas telas da vida
Pintei com diversas cores.
Eterna lembrança adormecida.

Retratos amarelados
De épocas vividas,
Pelos caminhos espalhados,
De uma história não lida.

Sou parte de uma saudade;
De um sonho lindo
Iluminado pela felicidade
De uma flor se abrindo.

Vivi intensamente!
Sou a recordação do passado,
Sou o brilho do presente,
Amei e fui amado.

  











  

domingo, 3 de agosto de 2014

DESCONHECIDOS

Um dia a gente se encontrará,
Talvez por acaso,
Ou quem sabe!
Quando nossos caminhos
Cruzarem-se outra vez.
Seremos anônimos
Num tempo,
Que já não será
Mais o nosso.
Nossos semblantes
Já não mais retratarão
O que fomos.
Será que nos reconheceremos?
Será que em nossos olhares
Ainda existirá
O brilho daquela estrela,
Que numa noite bela
Contemplamos.
Talvez não!
Seremos apenas desconhecidos
Perdidos em meio ao turbilhão
Que nos transformou;
Que nos levou
Para mundos diferentes.
Que virou às páginas
Dos nossos sonhos.