Ele se
vai lentamente!
Passa
por mim
Sem
que eu perceba;
Leva
consigo parte
Da
minha vida,
Imperceptíveis
cicatrizes
Que
brotaram do ínfimo
Do meu
ser.
Deixa
no meu rosto suas marcas,
Vincos
que ficarão para sempre
No
semblante que outrora
Foi
menino de pele macia;
Como a
flor do amor.
Vejo-o
flutuando,
Por
entre as nuvens brancas
Do firmamento azul,
Que
embalou meus sonhos.
Meu
olhar se perde na distância
Do
infinito das lembranças
Que me
acompanham.
Enrosco-me
nas tranças douradas
Das puerícias manhãs,
No
tênue aceno da mocidade
Em
meio a neblina das tardes.
Contemplo
o brilho das estrelas,
Que me
faz recordar
A
fascinante beleza
Das
noites de antigamente.