domingo, 22 de setembro de 2019

TENTANDO ME ENCONTRAR


Acordei pensando em ti,
Lembrei do teu corpo sedutor;
Do teu lindo sorriso
Que marcou à minha vida.

Meu olhar te procurou
Na penumbra do quarto vazio,
O aroma do teu perfume
Ainda estava ativo em nossos lençóis.

Tentei me esconder dos meus pensamentos;
Das lembranças que insistiam
Em trazer de volta nossas cálidas noites.
Procurei em vão enganar o desejo

De te amar outra vez.
Incessantemente busquei por nós dois
E não mais nos encontramos
E me vi sozinho sem ti.

Percorri nossos antigos caminhos
Nosso recanto predileto
E, lá também tu não estavas.

E me vejo aqui sozinho
Vivendo uma parceria com a saudade;
Que não mais nos representa,
Só então eu percebo

Que tudo era uma mera ilusão;
Tu não me ensinaste a te esquecer
E, eu sigo sozinho pelos atalhos da vida
Tentando me encontrar.










sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ESTAÇÕES DA VIDA


Meu olhar  se perde na distância
Das épocas que vivi;
Dos primitivo momentos
Que nortearam meus sonhos.

Época dos primeiros rastros  
Rumo à minha liberdade.
Dos trôpegos passos
Pelas veredas secundárias

Da infância épica do mundo;
Um olhar inocente
A procura da primeira flor
Da manhã que desabrochou
No airoso jardim da existência.

Época dos esvoaçante devaneios;
Dos amores proibidos
Que tanto machucaram
 O meu coração.

De uma transitória juventude,
Que me envolveu com às  fantasias
De um lírico momento,
Que me ensinou o segredo de amar.

Época das lembranças adormecidas
Num canto qualquer da maturidade,
Que me conduz pelos limites do presente
Dos anseios e desejos que se foram

Nas asas do abstrato tempo que  consumiu
Meus sentimentos,
E me levou pelas trilhas rústicas
Ocultas da vida.












quinta-feira, 19 de setembro de 2019

POR ONDE ANDARÁ




Por onde andará o menino
Das palavras fáceis,
Que rabiscava seus versos
Na areia da praia ao amanhecer.

Autor anônimo das singulares poesias
Que alguém já escreveu,
Sob a luz das estrelas
De uma bela madrugada.

Talvez, ele tenha seguido
Outros caminhos para compor
Um inédito poema,
Para uma sereia encantada,

Que o seduziu ao entardecer
De uma linda tarde de verão
E, o fez escravo,
Das paixões proibidas.

Onde estará aquele menino
Que do nada surgiu
Surfando sobre as ondas turmalinas
Recitando suas rimas.

Ele se foi no sopro do vento;
Dizem que virou lenda poética
Num raio de um prateado luar,
Atraído pela beleza de um canto
Vindo das profundezas do mar.