sábado, 29 de março de 2014

CONSUMIDO



Sou consumido pelo desejo
De te possuir!
Pela ansiedade
De tê-la em meus braços,
De poder unir
Meus lábios aos teus,
Como se fosse
A primeira vez.
Sou consumido pelo calor
Do teu corpo
No meu!
Sou atraído
Pelo teu cheiro de flor,
Pelo brilho do teu olhar
Sedutor.
Sou consumido pela ausência
Que me domina!
Quando penso em você.
Quando desperto
Dos meus sonhos,
E me encontro
Com a realidade da solidão.
Sou consumido pela lembrança
Que ficou!
Quando o sabor amargo
Da despedida chegou.
Quando a vida revelou-me
Que o nosso amor,
Não passou de uma ilusão.











 



quarta-feira, 26 de março de 2014

VIAJANTE



Sou um viajante
Do tempo.
Sou uma saudade andante,
Sou como o sopro do vento.
Do amor que passou
Pela vida;
Que chorou
Quando chegou a despedida.

Sou um livro aberto;
Uma página virada
De um conto deserto,
De uma história não publicada.

Sou o silêncio das matas
Ao entardecer.
Sou a cortina das cascatas
Que banha os vales ao alvorecer.

Sou um escravo da felicidade
Perdido pelos caminhos
Da mocidade;
De encantos ínfimos.

Sou um nômade sentimento
Em busca de um abrigo.
Prisioneiro dos momentos
Lindos que guardo comigo.

Sou o suspiro veemente
Das paixões,
Vividas intensamente,
Berço das minhas recordações.













sábado, 22 de março de 2014

POESIA



Eterna companheira!
Confidente abstrata
Que entende o meu silêncio.
Que me conforta
Com a sensibilidade
Dos teus versos;
Brancos e soltos
Como a voz da liberdade,
Monósticos e dísticos
De brilho diferente,
Que adornam teus
Tercetos e quartetos.
Que passeiam por entre
Tuas estrofes,
Que exprimem
Toda a tua grandeza
Através de tuas rimas,
Pobres e ricas,
De incontida beleza
Que de emoção vestem,
Tuas raras
E preciosas parceiras;
Que enriquecem
Tua linguística poética.
Princesa de uma realeza
De nobres e plebeus!
Que te cultuam
Pelos campos floridos
Da imaginação.
Dos sentimentos mistos,
Paradoxo entre a ficção
Dos sonhos;
E o realismo da vida.








sábado, 15 de março de 2014

NAUFRAGO



Tens o cheiro da flor!
Sinto tuas pétalas
Desabrochando da essência
Do teu ser.

Sublime fruição,
Que me purifica.
Sou um naufrago
Que procura a salvação.

Velejo pelas curvas
Sinuosas do teu corpo;
Dos teus mistérios,
Das tuas seduções.

Contumaz pecador
Absolvido pelo sentimento
Puro do amor,
Que invadiu meu coração.

Que me fez escravo
Das paixões proibidas;
Dos desejos incontidos
De uma aventura passageira.