sábado, 7 de maio de 2022

CORTINAS TRANSPARENTES

 

O templo da ilusão tem as cortinas transparentes

São como os cristais reluzentes

Que quando adormecemos contemplamos,

E depois desaparecem quando acordamos.

 

É o encontro das imagens reais

Que navegam por mundos virtuais;

Que são projetadas pela imaginação

No palco da recordação.

 

Luzes que se apagam e se acendem

Que as lembranças transcendem

Nos passos mágicos do malabarismo do viver

E que não dá mais para esquecer.

 

É como uma bela melodia que nos encanta;

E nos embala na solitária lágrima que acalanta

Quando a saudade bate à porta

Pois o que passou não tem mais volta,

 

Restou apenas o pranto na sombra de um olhar

Que nunca deixou de amar;

Que ficou à contemplar a beleza de um amor

Puro como às pétalas de uma flor.

 

Essa é essência natural de quem ama,

Adormecido nos brancos lençóis da vazia cama

Da tristeza de um frágil coração

Que sofre com o frio da solidão.