sábado, 31 de maio de 2014

FASE DA VIDA

Meus costumes!
São tantos;
Momentos que vivi,
Coisas do passado
Que não esqueci.
Atos e gestos
Inconsequentes,
Nortearam meus passos,
Meus pensamentos,
Minhas decisões.
Tornei-me prisioneiro
Do silêncio.
Na quietude
Dos meus momentos,
Dei vida
Aos meus queixumes.
Acostumei-me
Com a dor da ausência
Mesmo estando presente.
Adotei o sorriso
Como disfarce,
E banhei minha face
Com as lágrimas
Da solidão.

sábado, 24 de maio de 2014

TÔ INDO

Tô chegando pra dizer
Que lhe amo,
Que vivemos um sonho lindo.

Lindo de morrer!
Que você foi o bálsamo,
Que me acalentou dormindo.

Tô saindo da sua vida,
Como as flores
No final da primavera.

Sutilmente sem despedida.
Deusas de tantos amores,
Rainha das passarelas.

Tô levando comigo,
Um pouco do que vivemos;
Fragmentos de um conto,

Que não pode ser esquecido.
Que juntos escrevemos,
Mas que perdeu seu encanto.

Tô apagando o seu olhar
Do meu semblante,
Vejo você sumindo;

Mesmo assim foi bom lhe amar.
Como o vento errante
Eu estou partindo.

Tô dizendo adeus!
Não quero mais lhe encontrar,
O que passou não volta mais,

Ficou perdido nos sonhos meus
Não quero mais errar!
Sou um porto sem cais.   

  




  

domingo, 18 de maio de 2014

MEU CANTO

No meu canto
Eu me encontro!
Meu grito ecoa
E se espalha no ar.
Brado à liberdade
Dos tempos passados.

Através do meu canto!
Transformo o pranto
Em sorrisos.
E me deixo ser levado
Pelo olhar
Da mulher amada.

Meu canto me encanta!
Transcende o racional
Do meu pensamento,
E me faz flutuar
Pelo lirismo das paixões,
Das minhas rimas.

Meu cantar!
Tem o sibilo dos ventos,
Açoitando as ondas
De um mar,
Que acalenta meus sonhos,
Ao contemplar
A coreografia das suas ondas.

Eu canto e sempre cantarei!
A canção da despedida,
Que a saudade me ensinou.
 Uma maviosa melodia
Que o amor me deixou.

Este é, e sempre será;
O meu canto.








domingo, 11 de maio de 2014

ÚLTIMO SHOW


Lágrimas que dos meus olhos
Brotaram ao dizer adeus.
Partida antecipada
Fim dos sonhos meus.
Sorrisos que disfarçaram
A dor contida em meu peito.
Trilhas que ficaram pra trás,
Pois o tempo me privou
De percorrê-las.
No enredo da vida
Fiquei perdido,
Em uma ala
Qualquer da avenida.
O teatro está vazio,
No palco desempenho
Meu último ato.
A cortina da minha existência
Aos poucos vai se fechando.
Luto para manter
O meu disfarce,
E me vejo ali sozinho.
A maquiagem se desfez
Como por encanto,
Fui personagem
De um show que já terminou.