domingo, 27 de maio de 2012

INFINITO


Escuto teu canto!
Não sei de onde vem,
Procuro-te nas paragens
Que me rodeiam.
Nos mais antigos recantos,
E não te encontro.
Melodia de um poema
Que me encanta.
Que faz meus olhos
Marejar ao te escutar.
De onde tu vens?
Agudos e graves,
Misturam-se ao som
Do vento,
Espalhando tua voz
Pelo ar.
Vem dos montes!
Dos rios;
Dos vales;
Dos mares;
Das lembranças
Que não podem,
Materializar-te.
Vens do infinito.

FICOU UM POUCO


De tudo ficou um pouco!
Da infância distante;
Dos contos e histórias,
Que me levaram
A acreditar na magia
Da vida.
De tudo ficou um pouco!
Da juventude sonhadora
E rebelde;
Dos amigos que cresceram,
E se foram em busca
Da realização dos seus sonhos.
De tudo ficou um pouco!
Do real momento,
Que me senti adulto
E descobri,
As verdades que estavam
Escondidas,
Na minha memória.
De tudo ficou um pouco!
Fragmentos das lembranças
Que jamais esquecerei.

FATOS ANTIGOS


Quanto tempo
Passou!
Os sentimentos
Já não são os mesmos,
De antigamente.
Sopra forte o vento
Tudo mudou!
Lindos momentos
Perdidos a esmo,
Registrados na mente.
Imagem que se reflete
No espelho da alma,
Que faz reviver
Fatos antigos,
Que nunca se esquece.
Na vida todos somos interpretes
De uma peça de risos e traumas,
Onde recordar é viver.
Lembrar-se dos velhos amigos!
Das belas noites de luar,
Das palavras soltas
Perdidas pelo ar.
Que não tem mais volta.