sexta-feira, 15 de julho de 2022

TEMPOS AUSENTES

 

Há, meus tempos que se tornaram ausentes

Da tímida infância que se foi nas águas correntes

Que levaram meus sonhos, minhas fantasias,

Quando um novo dia nascia.

 

Minha mente pelos vales passeia

E nos caminhos da inocência permeia;

Banho-me na cachoeira da imaginação

Por entre as nuvens numa sublime levitação.

 

Há, que saudades que sinto das lindas noites

De antigamente, dos  seus açoites,

Do silencioso choro de um violão

Acordando a adormecida solidão.

 

Ouço os acordes daquela linda canção

Que despertou o meu amante coração

Numa profana madrugada estrelada

Como o brilhante olhar da mulher amada,

 

Que um dia cintilou em minha vida

E se encantou sem despedida.

De repente as luzes da recordação

Se acendem como as chamas de uma ardente paixão,

 

Que arrebata antigos sentimentos

Que fazem lembrar meus belos momentos

Que se foram nas asas da mocidade,

Levados pela suave brisa da felicidade.