sábado, 12 de dezembro de 2015

AMOR PATÔNICO



Gosto de sentir teu toque
No meu corpo.
Experimentar a sutileza
Do teu carinho,

Que me transporta
Para o paraíso;
Dos prazeres, que satisfazem,
O deleite dos meus desejos.

 Sinto o sabor da tua doçura
No favo de mel
Dos teus lábios,
Que aplaca a minha sede.

Sou teu contumaz amante
Seduzido pelo lírio branco
Que cobre o teu corpo.
E me faz delirar, quando te amo.

Tu és a deusa
Dos meus encantos,
Sublime divindade
Que domina meus sentimentos;

Que alumia o meu coração
Com a chama do amor,
E, perfuma o meu ser,
Com o teu cheiro de flor.

Sinto o açoite dos teus cabelos
Acariciando o meu rosto,
E me deixo ser levado
Pela arte da paixão.

Fecho os olhos e imagino!
Nossos olhares se encontrando;
Nossas vontades acontecendo.
Escuto o sussurro

Que vem da alma,
Quando te sinto
Dormindo dentro
De mim.

Então, eu desperto,
Dos meus sonhos,
E no acalanto do teu canto
Eu entrego a minha vida.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ABRAÇA-ME


Abraça-me como a primeira vez
Que nos conhecemos;
Apenas nos contemplamos
Sem palavras.

E a paixão sorriu pra nós
E nos abraçou,
Com as suas perfumadas pétalas,
E em seus braços adormecemos.

Acordamos no florir
Dos nossos sonhos,
Quando o prazer de lhe conhecer
Já havia partido,

Ficando em seu lugar
O desejo de um novo encontro.
Retrato marcado
No sorriso dos nossos lábios.

Abraça-me só mais uma vez
Pois, sei que vais partir,
Nosso tempo já acabou.


Deixamos que os nossos
Olhares falem por nós,
Não digas nada;

Permita que o silêncio
Das nossas almas,
Seja o nosso
Eterno companheiro.

E, lá se vai nosso amor,
Andarilho das veredas
Da vida;

Mensageiro dos sentimentos
Que um dia
Nos conquistou.













quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SUBLIME SENSAÇÃO



Contemplei a sua silhueta
Por trás da cortina
Das minhas lembranças.
Você surgiu na miragem

Dos meus pensamentos.
E o encanto do seu olhar
Outra vez me conquistou
Com o seu brilho,

E, no roteiro das nossas vidas,
As mesmas cenas
De antigamente,
Seu meigo sorriso;

A evolução do seu corpo
Diante do meu
Irradiando toda
A sua sensualidade.

Você me fez sonhar
E, eu fui seduzido,
Pelo inocente
Desejo de lhe amar.

E, em meio à neblina,
Que encobre o seu rosto
Eu me encontro
Com as minhas alucinações;


Com a sublime sensação
Do reencontro,
Que me faz acreditar
Na realidade da tua escultura.

E me deixo ser levado
Pela ficção do momento,
De uma encenação
Coreografada pela saudade.


















domingo, 22 de novembro de 2015

SONHOS (CRÔNICA)

        Sonhos! Meus sonhos, seus sonhos; nossos sonhos! Os sonhos não acontecem por acaso, são convites que recebemos anonimamente para buscarmos novos horizontes, estabelecermos novas metas. São territórios não demarcados que percorremos com um objetivo definido a ser alcançado. São tão potentes e misteriosos que algumas vezes nos sentimos em contato com um outro nível qualquer de realidade.
            É normal e completamente humano estarmos conscientes de nossas incompetências e não termos percepção de nossas capacidades. Na maioria das vezes voltamos à mente, de maneira quase compulsiva, apenas para nossos defeitos, por menores que sejam esquecendo-nos que as capacidades de hoje foram às incompetências de ontem.
          Certos sonhos nos mostram o que desejamos ou tememos. Eles são como mensagens enviadas por uma parte oculta de nós. É preciso que saibamos interpretá-los dentro do contexto que estamos vivendo. O propósito de nossos sonhos é nos inspirar, agindo como marcos ao longo dos caminhos para nosso destino.
          No entanto, é necessário alimenta-los com perseverança e acreditar sempre que nada é impossível para aqueles que buscam alcançar a maestria que todos nós possuímos, mas que nem sempre procuramos despertá-la para o nosso mundo exterior. O nosso comportamento quase sempre está moldado no estereótipo das nossas atitudes que nos impede de prosseguir no desbravamento do desconhecido. É através dos nossos sonhos que sentimos o impulso do eu interior, aquele centro que todos possuímos que conhece perfeitamente nossas necessidades e talentos e que norteiam o nosso rumo.
     Jamais deveremos ignorar nossos sonhos eles serão sempre a referência dos atos e ações que idealizamos a branca luz da consciência racional que torna o processo da nossa existência mais reflexivo e nos conduz pelas trilhas dos desafios impostos pela missão que nos foi confiada. Os sonhos nos ajudam a visualizar o que a nossa alma deseja que façamos. O amanhã estará sempre nos aguardando e não podemos prever o que iremos encontrar quando lá chegarmos. No entanto levaremos conosco nossos projetos e anseios e, somente nós poderemos realizá-los.
      Se não tivéssemos sonhos perderíamos a vontade de viver. Portanto, agarre-se aos seus sonhos, pois, se eles morrerem, a vida será uma fonte que perdeu o seu olheiro e nunca mais voltará a jorrar.


sábado, 14 de novembro de 2015

CURSO DO TEMPO



Os caminhos da vida
São longos e curtos;
Largos e estreitos;
Tão imprevisíveis!

Trilhá-los em toda
A sua plenitude
É um desafio constante.
Em cada curva

Uma surpresa,
E às vezes não podemos
Contorná-las.
É aí, que o início,

Confunde-se com o fim.
Luzes que piscam
No final do túnel.
Trevas que se aproximam.

E o consciente
Perde à sua razão,
Seu sentido
Torna-se o inverso

Da trajetória original
Da nossa existência.
E então o espírito
Flutua no oceano

Do subconsciente,
Onde o avesso
Parece ser o certo,
E a fantasia se torna real.

É preciso saber viver
Cada momento;
Cada encontro;
Com a felicidade,

Pois, o tempo passa,
E, no seu desconhecido curso,
Não está previsto o reencontro
Com o amanhã.
 




 





sexta-feira, 13 de novembro de 2015

MINHAS LUAS


Vivi tantas luas!
Brancas e morenas,
Cada uma me seduziu
Com a sua magia.

Perdi-me nas noites nuas
Líricas e serenas.
Beleza mística que me atraiu
Quando a madrugada florescia.

Luas das paixões ardentes!
Que ficou no olhar
Que cruzou com o meu
Em meio à multidão.

Amantes calientes,
Que me ensinaram a amar,
Que meu ser aqueceu
Como a lava de um vulcão.

Luas dos amores passageiros!
Que marcaram minha vida
Com a chama da desilusão,
E se foram sem dizer adeus.

Corações aventureiros,
Nômades como a despedida
De um final de tarde de verão,
Que levou os sentimentos meus.

Luas das minhas canções!
Das ébrias boêmias,
Que me faziam sonhar
Com a harmonia do momento.

Dos plangentes violões,
Que davam vida as minhas poesias,
Inspirado na beleza do seu luar
Das palavras levadas pelo vento.

Luas, minhas lindas luas!
Que iluminaram
Meus caminhos,
Que amaram junto comigo.

Que me guiaram pelas ruas
Que me acolheram,
Quando eu me senti sozinho
Fugindo da solidão.





segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A VOCÊ PAI (CRÔNICA)

        Em meio ao silêncio da madrugada ouço o sopro brando da brisa fria de agosto invadindo o meu quarto, procuro o sono e não sei onde ele se escondeu, talvez esteja por aí vagando, recluso no ano de 1960, no crepúsculo de uma tarde que para sempre ficou na minha memória.
       É pra você pai que eu escrevo, pois sei que onde você esteja receberá esta mensagem.   
         Separamo-nos muito cedo, você se foi quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Na minha inocência eu não entendi que era um adeus pensei que era apenas uma saída rotineira, e que logo mais à noite você estaria de volta.
      Esperei em vão, foi então que percebi que era o fim de um sonho, que os nossos passos a partir daquele dia seguiriam caminhos e direções opostas.
       Distanciamo-nos um do outro, esporadicamente nos víamos, quando adormecia você surgia em meio às minhas quimeras noturnas e desaparecia ao amanhecer.
      O tempo passou, cresci me perdi e me encontrei pelas veredas da vida e em uma linda noite do dia 24 dezembro do ano de 1999 nos encontramos, jamais poderia imaginar que seria o nosso último Natal. Desta vez o destino nos separou para sempre. Você se foi, partiu em uma tarde de primavera, de um céu azul, coreografado pelo bailado das gaivotas daquele 17 de dezembro de 2000.
     Na minha mente ficou gravado o brilho dos seus olhos verdes como esperança que você nutria de vencer a batalha contra o câncer que gradativamente lhe consumia. Com certeza Deus lhe requisitou para uma obra especial no paraíso.
    Eu queria tanto sentir o calou do seu abraço; compartilhar meus segredos, minhas alegrias, seguir os seus conselhos para enfrentar os desafios que surgem na íngreme estrada do viver.
     Hoje estamos em mundos diferentes já não consigo mais lhe escutar, Você será aquela estrela mais brilhante que o meu olhar contempla no firmamento, a imagem que transcende o meu campo visual e penetra no âmago do meu ser.
        Sou grato a você pela minha existência, dentro de mim viverá eternamente; a lembrança, um incontido desejo que não se realizou, uma infinita saudade.
       Que a sua luz espiritual continue reluzindo no plano em que você se encontra. Que o Senhor o tenha na sua majestosa glória.



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

MARCAS


Procuro pelas folhagens,
Que cobrem o meu caminho
Encontrar meus passos,

Que retratam as imagens,
Que registrei no pergaminho
Dos meus acertos e fracassos.

Marcas que o tempo
Deixou incrustada
Nas sombras do amanhecer,

E, que o vento.
Tangeu pela estrada
No crepúsculo do entardecer.

Vi o sol despontando
Por trás das dunas brancas
Com suas doiradas tranças;

Dos meus sonhos estava acordando,
Revivi minhas andanças,
Reencontrei-me com as lembranças,

Que ficaram gravadas
Nas paginas amareladas,
Rabiscadas pelas palavras
Da renúncia.

Das frases de amor não publicadas,
Pois não poderiam ser reveladas
Nem tão pouco editadas;
Perderam-se na ausência

De um até logo,
Que se transformou em adeus
Que nos deixou sozinhos;

Ocultos, sem diálogo,
Sem entender o que aconteceu
Perdidos entre flores e espinhos.













segunda-feira, 26 de outubro de 2015

PALCO DA VIDA


Quando as luzes se apagaram
E, eu fiquei sozinho;
Senti uma estranha sensação!
Será que recitei bem
O meu papel?

A plateia já tinha partido,
No camarim vazio,
Pouco a pouco
A ficção deixava
O meu rosto.

O eco dos aplausos
Não saía da minha mente.
Da sinopse da minha cena
Ficou uma lembrança
De tudo que eu representei.

Fui o protagonista principal
De uma história,
Que era só minha.
Caminhei pela
Coxia deserta

Contemplei o cenário
Vazio ao meu redor.
E uma incontida
Lágrima rolou
Pela minha face afora.

Fecharam-se às cortinas,
O espetáculo havia terminado.
E, no palco da vida,
Eu fui apenas
Um artista sem nome.







sábado, 17 de outubro de 2015

EU SEM VOCÊ

As minhas noites sem você
É como o firmamento
Sem luar,
É uma manhã
Sem sol.

Mas, eu preciso,
Aprender a viver
Sem você,
Esquecer que nos amamos;
Que tudo foi só ilusão.

Que os caminhos que trilhamos
Tinham direções opostas,
Que as estrelas
Que adornavam o nosso céu
Tinham um brilho falso.

Que eu te amei
Como se fosse o meu tudo,
Que tu eras a minha metade
Meu sonho vivo.

Que juramos um amor pra sempre
Que parecia ser infinito
Mas, que se perdeu,
Na distância que nos separa.

No sorriso que desapareceu
Dos nossos lábios;
Nas verdades escondidas
Por trás de uma lágrima.

No adeus,
Que ficou no vazio
Do instante derradeiro,
Do encontro
Do nosso olhar.

Mas, que fazer da vida,
Se eu preciso
Aprender a viver sem você.
Disfarçar a minha dor

No silêncio do meu cantar;
No anonimato das palavras,
Que não foram ditas
No momento da despedida.




domingo, 11 de outubro de 2015

CRIANÇAS (CRÔNICA)

          As crianças nascem em um mundo cujas regras precisam aprender e, como parte desse aprendizado, sempre questionam essas regras. Com o passar dos anos, vamos parando de questioná-las porque nos parece mais simples aceitá-las. Assim, andamos nas calçadas, comemos com talheres, escovamos os dentes e mantemos as roupas abotoadas. Todavia, a criança que habita dentro de nós continua de olhos bem abertos e pronta para questionar qualquer regulamento que lhe pareça absurdo.
          Às vezes obrigamos a criança interior a ficar em silêncio, pois suas perguntas nos embaraçam. Podemos ralhar com ela, escondê-la, puni-la, mais não temos como tirá-la de lá. Quando colocamos essa criança para dormir, estamos perdendo uma das melhores partes do nosso ser. É certo questionarmos, queremos ver por nós mesmos, em especial quando nos é solicitado fazermos algo que perturba nossa consciência. A criança não precisa sempre levar a melhor, mas merece nosso amor. Portanto, ame e nutra a criança que existe dentro de você, dê atenção às suas perguntas, que lhe poderão trazer novas respostas.
          Hoje, volto o relógio do tempo, e, lá estava eu, correndo pelos campos verdes da minha infância e no meu inocente olhar retratado os meus momentos de incerteza, a insegurança dos meus primeiros passos, e no meu ingênuo semblante a translúcida imagem retratada no meu sorriso, nas travessuras que brotavam do meu mundo interior a liberdade do espírito menino voando livre pelos caminhos floridos da materialização, da pureza do ser, da alegria de percorrer o desconhecido, suas nuances, seus segredos futuros que não nos foi dado o poder de conhecê-los previamente. Minhas fantasias de antigamente permanecerão sempre vivas dentro mim.
       Abra a porta do seu coração e liberte a sua criança, percorra os trajetos de outrora, role pelo gramado das suas recordações, permita que as lembranças aflorem naturalmente, deixe a sua imaginação reproduzir toda a emoção que você vivenciou, seja cúmplice da felicidade e viva toda a magia que um dia fez parte dos seus sonhos.          
        Ser criança é a primeira fase da nossa existência, é o estágio que fazemos para prosseguirmos na árdua caminhada da vida.



sábado, 19 de setembro de 2015

UMA NOVA ÉPOCA (CRÔNICA)

                               Ano de 2015, mês, janeiro, dia 08. Inicia-se uma nova fase da minha existência, talvez no meu egoísmo ou vaidade, recuso-me acreditar que o tempo passou tão rápido, e eu não percebi o efeito de sua metamorfose sobre o meu ser: suas marcas se acentuam no meu corpo, no grisalho das mechas que tonalizam meus cabelos, o aviso prévio de uma nova era que surge. Como por encanto a maquiagem vai se desfazendo deixando à mostra uma imagem, que de agora por diante me acompanhará. Que eu aceite ou não, os atos e ações que pratiquei e vivenciei, serão apenas reflexos de um espelho que me revela a realidade do hoje. São experiências que trago comigo para o instante presente, e que servirão de referência para os meus passos futuros.  
                         Ah, vida, vida minha, teus fetiches, tuas fantasias, teus sonhos e verdades, são estradas secundárias que me conduzem pelos teus cruzamentos, pelos teus canteiros de flores e espinhos que me levam pelos teus atalhos desconhecidos. Que me faz contemplar o horizonte distante que aos poucos vai se afastando do alcance do meu olhar e se perde na densa neblina dos anos que se foram. Sentado à beira do caminho rabisco meus versos na areia branca da praia que me abriga e dá harmonia às minhas rimas. Poemas e poesias se misturam com o franjar bordado das espumas das ondas mansas de um mar sereno, que me fascina com seus mistérios. E, lá vou eu velejando pelo oceano das minhas lembranças, ressuscitando do baú da minha memória uma época que vivi.      
                     Imerso nos meus pensamentos sou envolvido pelo abstrato nevoeiro das recordações, dos sentimentos, da ausência dos talentos que ficaram perdidos pelo meio dos caminhos que eu trilhei, daquela lua feiticeira que me seduzia com os seus raios prateados de neon, do canto solitário de um violão pela madrugada afora; pela saudade dos amores que passaram por mim e que em algum momento me fizeram acreditar na magia de um sorriso, nos sentimentos anônimos que não chegaram a ser expresso na singularidade das palavras.
                        No encanto do viver, eu sou como um pássaro que deixou o aconchego do seu ninho, e se foi a voar em busca de outras paragens que pudesse abrigar seu coração solitário. Às asas do destino me levaram sem me permitir escolher o itinerário da minha viagem.        

                     O ilusionismo da juventude se foi, como a água das fontes cristalinas que escorre para as cachoeiras, partiu num sopro de um vento praiano, de uma brisa fagueira que acariciou meu rosto pela última vez numa linda madrugada do verão do ano de 2015, mês, janeiro, dia 07.

sábado, 29 de agosto de 2015

FICÇÃO



 Luz, brilho e fantasia,
Assim é o mundo!
Seus atrativos
Às vezes são adereços

De um cenário fictício,
Onde o ilusório
E a realidade
Caminham juntos,

Pelas trilhas povoadas
Por mitos e lendas.
E, o tempo,
É o ator principal;

Artesão da vida,
Maquiador invisível
De mil faces
Sempre oculto.

Que impõe seus traços
Marcantes de cores,
Mescladas pelo novo,
Que reluz nos olhos

Fugazes da infância.
Espraiando sua impetuosidade
Pelos campos bordados
Pelas margaridas solitárias.

E a palidez do sorriso,
Que a experiência
Deixou nos lábios
Do velho moço.


 













terça-feira, 4 de agosto de 2015

TRIBUTO A JAIR (CRÔNICA)

             Jair Rodrigues de Oliveira, “Jair Rodrigues”, nasceu no dia 06 de fevereiro de 1939, Igarapava, São Paulo. Seu primeiro trabalho na carreira musical teve inicio ainda no final da década de 50, na cidade de São Carlos, onde trabalhou durante algum tempo como “Croner”. Mas, foi em 1964, com o seu segundo álbum, “Vou de Samba com Você”, que trazia a música “Deixa isso pra Lá”, que ele decolou para a escalada vitoriosa que marcou a sua carreira.
           Em 1966, participou do Festival da Canção da TV RECORD, com a música “DISPARADA” e surpreendeu o público com uma emocionante interpretação e foi um dos vencedores do Festival, a partir de então foi um colecionador de sucessos.
             Na meiguice do seu sorriso a simplicidade de viver estava sempre presente. Sua voz era o cantar de um passarinho que nos encantava com a sua sonoridade, com seu jeito moleque nos ensinou a amá-lo pelo seu talento.
            O menino rei da alegria silenciou seu canto numa manhã cinzenta de outono, 08 de maio de 2014, em Cotia, São Paulo aos 75 anos, ele se foi, o cenário musical brasileiro está mais pobre, no entanto o paraíso ganhou uma nova estrela, um astro celeste que a partir de agora estará para sempre brilhando no firmamento.
         O Rei da Música Negra nos deixou órfão, no show da vida, ficou a lembrança de sua marcante presença em nossos palcos, seu estilo próprio de cantar jamais será copiado, pois ele é único.
            No teatro da saudade do povo brasileiro, ele viverá eternamente.

JAIR RODRIGUES! O BRASIL LHE AGRADECE POR TUDO QUE VOCÊ FEZ PELO SEU POVO.
DESCANSE EM PAZ.


domingo, 2 de agosto de 2015

EU SOU AQUELE


Eu sou aquele que um dia
Te amou!
Que acariciou teus cabelos
Que teus lábios beijou.

Que mergulhou
No desconhecido mundo
Do prazer
Só pra te conhecer.

Que se banhou
Nas águas mansas
Das cachoeiras cristalinas
Do teu corpo;

Só pra descobrir
O segredo
Da essência da vida,
Vertente de um sonho lindo

Que nos encantou
Com a sua magia,
Que floriu nossos caminhos
Com as pétalas do alvorecer.

Eu sou aquele que nas noites
Estreladas se entregou
A ti por inteiro, e descansou,
No teu regaço.

Que ao despertar
O amor tinha partido;
Num suave lamento
Que o vento levou pra longe.