sexta-feira, 19 de março de 2021

NO ACALANTO DA BRISA

 

Meus olhos se fecham e no acalanto

 Da brisa adormeço em seus braços;

No meu semblante  escorre o meu pranto

Recordo dos nossos últimos abraços;

 

Das palavras soltas levadas pelo vento;

Dos sorrisos francos decorando nossos lábios;

De tantos conselhos sábios

Proclamados ao longo do tempo.

 

Sonho com o florescer dos campos

Que arejava nossas prosas,

Iluminadas pelo cintilar dos pirilampos

Nas nossas noites airosas.

 

Há, saudades que tenho dos encantos

Dos prazerosos momentos que vivemos;

Dos nossos aconchegantes recantos

Onde a nossa história escrevemos.

 

Percorrendo os caminhos das recordações

Vejo que a nossa lua continua linda como antes,

Quando reluzia em nossos apaixonados corações

Nos secretos caramanchões dos amantes.

 

Ainda sinto no ar seu cheiro de flor,

Seu calor o meu corpo aquecendo

Purificando nosso amor

Que aos poucos foi esmaecendo.