Não sei de onde
vens;
Nem tão pouco quem
és!
Sempre apareces
graciosa
Diante da minha
varanda.
O teu olhar tem o brilho
diferente
Dos amores
impossíveis;
Que se cruzam na
cumplicidade
Dos sentimentos censurados.
Bailarina anônima
dos ritmos
Mágicos da natureza,
Que me contempla da
roseira
Mais bela do meu
jardim;
Que me fascina com
o gorjear
De uma canção desconhecida
E, me faz delirar,
Com teu encantador
bailado.
Corpo frágil que
com maestria
Executa a
coreografia que um roteirista
Divino escreveu
para ser interpretada.
Teu tempo é curto
E, já começas a se
despedir;
O manto que te cobre
se abre
E, revela à
exuberante beleza
Da tua plumagem matizada.
Suavemente alça teu
voo,
Pousas diante da
minha janela,
E com um mavioso
trinar
Despede-se e vais
embora.
Quem és tu?
Não sei de onde
vens?
Talvez, venhas de
algum lugar do infinito
Para onde um dia
voltarei.