sábado, 9 de abril de 2016

FALSO ENCANTAMENTO



Perdi-me no meu silêncio!
Fechei a porta
Do meu coração
E, me encontrei,
Com às minhas lembranças

Que ficaram registradas
Num pergaminho
De papel crepom,
Enrugado pelo tempo.

Abro a caixa da saudade
E encontro o velho
Lenço branco,
Que tantas vezes

Enxugou àquela incontida
Lágrima solitária,
E acolheu a essência
Daquele perfume desconhecido,

Que extasiou os momentos
De uma paixão passageira.
 Como o ébrio delírio
Que invadiu meu ser;

E, me fez refém,
Dos sentimentos nômades
Que me escravizaram
Com o seu falso encantamento.